Mais prejudicado pela pandemia do novo coronavírus, o setor de serviços está demorando mais a se recuperar tando no Brasil quanto em Pernambuco. Os resultados de setembro, divulgados nesta quinta-feira (12) pela Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, aponta um crescimento de 1,8% da atividade no País e de apenas 0,4% no Estado, frente a agosto. Na comparação com setembro do ano passado, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, as taxas permanecem negativas em todos os períodos tanto em âmbito nacional quanto estadual.
Em Pernambuco, mesmo com uma sequência de cinco meses de pequenos resultados positivos no setor de serviços, na comparação com o mês imediatamente anterior, o desempenho da atividade não foi o suficiente para recuperar as perdas provocadas pela crise da pandemia. Em setembro, o segmento de serviços esteve 13,8% abaixo do patamar de fevereiro (antes da covid-19).
A lentidão na recuperação do setor de serviços também se expressa no confronto entre os números de setembro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2019. A retração no período foi de -15,6%, a sétima queda seguida e o quarto pior desempenho do país. O recuo também foi superior à média brasileira, de -7,2%.
No acumulado do ano, a pesquisa do IBGE também verifica uma redução no volume de serviços mais
acentuada do que a média nacional. Em Pernambuco, o segmento teve queda de -14,6%, enquanto, no Brasil, a queda foi de -8,8%. O mesmo ocorreu no acumulado dos últimos 12 meses, em que o índice marcou – 11,1% em PE, o quinto mais baixo do país, contra -6% a nível nacional.
RENDA
A atividade de serviços com o pior desempenho foi a de serviços prestados às famílias, que marcou índices negativos em todos os meses do ano, mesmo antes da pandemia. Em setembro, a queda foi de -53,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Essa atividade, que inclui 23 tipos de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza, espetáculos de artes cênicas e atividades esportivas em geral, já havia amargado retrações significativas em abril (-74,6%), maio (-69,7%), junho (-68,7%), julho (-66,2%) e agosto (-58,5%). O setor também têm os índices mais desfavoráveis tanto na variação acumulada do
ano (-49,4%) quando na variação acumulada dos últimos 12 meses (-39,6%). O dado reflete o aumento do desemprego no País e a queda da renda, com a redução do valor do auxílio emergencial pela metade.
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