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PREVISÃO Agência estima recuo de até 2% no indicador; número é menor que a queda nacional

Da Redação, com Agência Estado
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Publicado em 17/12/2020 às 2:00
STR/AFP
RESULTADO Queda registrada no Estado no mês de agosto foi de 12% - FOTO: STR/AFP
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Em um ano atípico, marcado pela crise do novo coronavírus que corroeu a saúde e a economia, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco deverá fechar o ano com uma queda entre 1,5% e 2%. A previsão é da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), que divulgou nesta quarta-feira (16) o resultado do PIB mensal de outubro, e a partir dos dados conseguiu projetar o desempenho anual. Avaliando mensalmente, 2020 começou com estabilidade, depois teve fortes quedas em março em abril, sinalizou retomada entre maio e agosto (diante de uma base deprimida) e retornou a uma estabilidade.

O gerente de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, diz que a pandemia não permitiu que a Agência fizesse uma projeção do resultado do PIB para 2020. "Nem chegamos a fazer porque, geralmente, isso acontece após a divulgação do primeiro trimestre e quando ela ocorreu já estávamos em plena pandemia. Diante do quadro diferente deste ano, estamos imaginando uma queda de 1,5% a 2%", calcula.

Pelos dados da Condepe/Fidem, no acumulado de janeiro a outubro, o PIB apresentou queda de 2,4% e no período dos últimos 12 meses de 1,7%. Mesmo tento registrado taxas positivas ao longo dos últimos seis meses, o desempenho ainda não será suficiente para reverter a retração anual.

OUTUBRO

Entre setembro e outubro deste ano, o PIB cresceu 0,9%, na série com ajuste sazonal. Já na comparação com igual mês do ano anterior, houve um avanço de (0,6%). Os dados foram divulgados pela Condepe/Fidem com base nos números do Sistema de Contas Regionais, que tem a coordenação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria prossegue sendo o setor da economia que mais contribui para o crescimento, como mostram os dados de outubro com variação positiva de 1,5%. O setor de serviços obteve 1,3%, enquanto que a agropecuária apresentou -13,7%. No acumulado do ano, a agropecuária teve um crescimento de 11,7%, a indústria apresentou estabilidade com o índice de -0,4% e o setor de serviços, ainda impactado pela pandemia do coronavírus, registrou a queda de 3,6%.

O diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, explica que a recuperação da economia é reflexo da volta das atividades, da abertura da economia, mesmo com a limitação dos protocolos. "A economia segue em trajetória de crescimento com considerável melhora em todas as atividades econômicas", afirma.

BRASIL

Também nesta quarta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou estimativas para a economia. Segundo o estudo, a entidade espera uma queda de 4,3% no PIB deste ano e projeta alta de 4,0% na atividade econômica em 2021. A expectativa é que o PIB industrial caia 3,5% neste ano, subindo 4,4% em 2021.

Já a perspectiva é que a taxa de desemprego fique em 13,9% em 2020 e 14,6% em 2021. No caso da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a projeção é de fique em 4,28% no fim deste ano e 3,55% no próximo. A CNI estima ainda a taxa básica de juros Selic em 3,0% no fim de 2021.

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