Conjuntura

PIB de Pernambuco deve fechar 2020 com queda entre 1,5% e 2% por conta da pandemia

Com resultado do PIB mensal de outubro, divulgado nesta quarta-feira (16) foi possível projetar o desempenho anual

JC
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Publicado em 16/12/2020 às 19:43
Foto: Renato Spencer/ Acervo JC Imagem
Indústria é um dos setores que continua reanimando o PIB de Pernambuco - FOTO: Foto: Renato Spencer/ Acervo JC Imagem

Em um ano atípico, marcado pela crise do novo coronavírus que corroeu a saúde e a economia, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco deverá fechar o ano com uma queda entre 1,5% e 2%. A previsão é da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), que divulgou nesta quarta-feira (16) o resultado do PIB mensal de outubro, e a partir dos dados conseguiu projetar o desempenho anual. Avaliando mensalmente, 2020 começou com estabilidade, depois teve fortes quedas em março em abril, sinalizou retomada entre maio e agosto (diante de uma base deprimida) e retornou a uma estabilidade. 

O gerente de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, diz que a pandemia não permitiu que a Agência fizesse uma projeção do resultado do PIB para 2020, porque a chegou logo no primeiro trimestre. "Nem chegamos a fazer porque geralmente isso acontece após a divulgação do primeiro trimestre e quando ela ocorreu já estávamos em plena pandemia. Diante do quadro diferente deste ano, estamos imaginando uma queda de 1,5% a 2%", calcula. 

Pelos dados da Condepe/Fidem, no acumulado de janeiro a outubro o PIB apresentou queda de 2,4% e no período dos últimos 12 meses de 1,7%. Mesmo tento registrado taxas positivas ao longo dos últimos seis meses, o desempenho ainda não será suficiente para reverter a retração anual.  

OUTUBRO 

Entre setembro e outubro deste ano, o PIB cresceu 0,9%, na série com ajuste sazonal. Já na comparação com igual mês do ano anterior, houve um avanço de (0,6%). Os dados foram divulgados pela Condepe/Fidem nesta quarta-feira, com base nos números do Sistema de Contas Regionais, que tem a coordenação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria prossegue sendo o setor da economia que mais contribui para o crescimento, como mostram os dados de outubro com variação positiva de 1,5%. O setor de serviços obteve 1,3%, enquanto que a agropecuária apresentou -13,7%. No acumulado do ano, a agropecuária teve um crescimento de 11,7%, a indústria apresentou estabilidade com o índice de -0,4% e o setor de serviços, ainda impactado pela pandemia do Coronavírus, registrou a queda de 3,6%.

O diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, explica que a recuperação da economia é reflexo da volta das atividades, da abertura da economia, mesmo com a limitação dos protocolos. “A economia segue em trajetória de crescimento com considerável melhora em todas as atividades econômicas”, afirma.

 

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