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NO RECIFE Economista Raymundo de Almeida morre aos 69 anos vítima de um câncer de boca

Publicado em 12/01/2021 às 2:00
APESCE/DIVULGAÇÃO
COMPETÊNCIA Economista se dedicou ao varejo, em especial, às áreas de supermercados e shoppings do Estado - FOTO: APESCE/DIVULGAÇÃO
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A semana começou mais triste em Pernambuco com o falecimento do economista Raymundo de Almeida, de 69 anos, neste domingo (10), por volta das 21h. Ele estava internado no Hospital Esperança, na Ilha do Leite, há cerca de uma semana, e desde 2019 lutava contra um câncer de boca. Raymundo deixa a esposa e duas filhas.

O economista foi um "homem do varejo", com grande parte da sua trajetória profissional dedicada aos setores de supermercados e shopping centers. Desde 2008, ele ocupava a diretoria-executiva da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce) a também foi, durante muitos anos, diretor do Grupo Bompreço, ao lado do empresário João Carlos Paes Mendonça.

O velório de Raymundo de Almeida aconteceu nesta segunda-feira (11), das 14h às 18h, no Morada da Paz, em Paulista. Por conta da pandemia da covid-19, o cemitério disponibiliza uma ferramenta chamada velório virtual, como alternativa para que as pessoas possam assistir à distância e evitar aglomeração. Na sala online também era possível deixar uma mensagem, compartilhar uma memória ou acender uma vela virtual. Familiares e amigos deixaram várias mensagens emocionantes. Em uma delas, Raymundo aparece com as duas filhas ainda pequenas.

No velório presencial, as pessoas se revezaram para prestar sua última homenagem. A sala estava cheia de coroas de flores e teve música no final da tarde, antes da cerimônia de cremação, que foi restrita a um número limitado de pessoas.

TRAJETÓRIA

Sergipano de Aracaju, Raymundo de Almeida radicou-se no Recife, onde atuou como executivo do Grupo Bompreço durante mais de dez anos. Nesse período também atuou na Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No Bompreço, esteve durante boa parte da gestão do fundador e conterrâneo João Carlos Paes Mendonça, depois continuou quando o grupo varejista holandês Royal Ahold comprou 100% da operação do Bompreço, em 2000, e também estava quando o novo dono decidiu vender as operações no Brasil, Argentina, Chile, Peru e Paraguai. Atuando como diretor de relações institucionais na época, foi ele quem comunicou ao mercado, em 2003, que o grupo ia se desfazer dos ativos na América Latina. Ainda no varejo, ele atuou como presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes).

No final dos anos 2000, o economista continuou contribuindo com o varejo, mas desta vez no setor de shopping. Foi diretor da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce) desde a fundação da entidade, em 2008. Ao longo dos anos, o setor foi crescendo no Estado e ele acompanhou essa expansão. Hoje são 19 centros de compras no Estado, distribuídos entre a Região Metropolitana do Recife e o interior.

Por sua dedicação ao varejo, a Federação Pernambucana do Comércio (Fecomércio-PE) fez uma homenagem a Raymundo em 2018. Na confraternização de 2019, a Apesce também fez uma simbólica homenagem de reconhecimento pela qualidade do seu trabalho na instituição.

HOBBY

Se não tivesse se dedicado à economia, Raymundo de Almeida poderia ter sido fotógrafo profissional. A imagem fotográfica foi uma paixão e um hobby. Colecionava câmeras antigas e fotografou mais de 30 países que visitou. O amor à fotografia o acompanhava há três décadas.

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