Mercado de Trabalho

Setor de Vendas Diretas é alternativa à alta taxa de desemprego em Pernambuco

Venda porta a porta teve aumento de 3,3% no Estado, motivada pela falta de trabalho formal

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Adriana Guarda

Publicado em 03/05/2021 às 16:50
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A alta taxa de desemprego em Pernambuco, que chegou a 18,8% no trimestre terminado em janeiro segundo a Pnad Contínua do IBGE, está fazendo com que as pessoas busquem outras alternativas de renda. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o segmento Porta a Porta teve um aumento de 3,3% no número de revendedores no Estado. 

No total, são 684 mil desempregados no Estado. Diante do atual cenário, agravado pela pandemia da Covid-19, o setor de Vendas Diretas vem se mostrando uma alternativa sólida e eficaz para quem busca geração ou complementação de renda.

DIGITALIZAÇÃO

Investindo cada vez mais na digitalização, onde a divulgação, escolha e compra do produto, pode ser feita de forma pessoal ou online, por meio de uma rede de relacionamento via redes sociais, que se conclui com a entrega do produto na casa do cliente, sem a necessidade de encontro físico, o segmento ultrapassou o número de 134 mil empreendedores independentes em Pernambuco, 3,3% a mais na comparação anual, de acordo com levantamento realizado Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) — entidade que representa empresas do setor como Natura, Avon, Herbalife, Mary Kay, Tupperware, entre outras.

"A venda direta se tornou Social Selling, compra por indicação e relacionamento, sendo uma ótima oportunidade para empreender ou complementar renda, especialmente nesse período financeiro complicado. E a possibilidade de contato com os clientes e o relacionamento e atendimento personalizado pode continuar a ser feito pela internet ou redes sociais. Aliás, a digitalização foi um dos grandes focos de investimento do setor durante a pandemia e tornou-se uma grande ferramenta para que os empreendedores possam continuar vendendo e gerando renda mesmo durante o isolamento", declara a presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas de Venda Diretas (ABEVD), Adriana Colloca.

Em pesquisa realizada pela ABEVD em março de 2020, sobre o perfil dos empreendedores independentes da venda direta, constatou-se que 52% dos empreendedores revendem produtos do mercado de cosméticos e cuidados pessoais e 22% do mercado de roupas e acessórios. O levantamento também mostrou que 58% dos empreendedores se identificam como do sexo feminino e 42% do sexo masculino, e cerca de 51% da força de vendas tem renda familiar de até R$ 3.135,00. A renda proveniente da venda direta é, em média, 31,3% do orçamento familiar.

A atividade oferece oportunidades para todos, desde aqueles com nível universitário — parcela crescente de vendedores — até quem tem menos estudo. Atualmente, 31,5% dos empreendedores já completaram o Ensino Superior e alguns são pós-graduados. Esse modelo de negócio também oferece oportunidades de empreendedorismo para todas as faixas etárias acima de 18 anos: hoje, a média de idade do empreendedor independente é de 31,9 anos.

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