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Sandálias de couro viram grife e marca do Recife ganha clientes pelo Brasil

Vitalina, que começou com calçados de couro, já expandiu atuação para itens de decoração e paisagismo, sempre de mãos dadas com artesãos

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JC

Publicado em 22/05/2021 às 13:05 | Atualizado em 26/05/2021 às 13:00
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Foi de forma despretensiosa, comprando sandálias de couro quando viajavam pelo interior de Pernambuco, que os então namorados Carol Dreyer e Rodrigo Cavalcanti começaram a construir o que se tornaria a Vitalina. O empreendedorismo foi conquistando os hoje sócios e a demanda pelas sandálias crescendo cada vez mais, fazendo com que o casal deixasse seus empregos com cinema e fotografia, respectivamente, para se dedicar de forma integral à marca. 

“Mesmo no começo, a demanda foi muito grande. Fazendo uma análise rápida do mercado, a gente percebeu que não tinha muita oferta do que estávamos vendendo. Como somos apaixonados pela cultura pernambucana, passamos a oferecer outras coisas também... Não só sandálias, trouxemos bolsas e começamos a abrir o leque de produtos”, relembra Carol.

Decisão assertiva, pois a Vitalina foi ganhando os pés não só dos pernambucanos, com vendas na loja física, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, mas de apreciadores espalhados em todo o Brasil, que hoje compram de forma online. E com a demanda crescente, investir em exclusividade era o desejo - e o caminho - dos sócios. Com a chegada da designer de sapatos Tânia Collier, a Vitalina foi fortalecendo sua marca com uma identidade própria, exaltando a matéria-prima local e criando em parcerias com artesãos do estado.

“Nas nossas coleções, a gente tem temas de seis em seis meses, é um slow fashion mesmo, devagar, sem pressa. A gente pensa no tema, desenvolve, faz uma pesquisa de imagem. Depois a gente vai para os produtos, os esboços... Com os desenhos prontos e selecionados pela equipe, a gente chega ao artesão, para desenvolvimento em parceria da modelagem. Aí começa o trabalho dele, de confecção do produto em si. É um trabalho realmente a quatro mãos e é muito bacana porque considero mesmo uma coautoria”, detalha Tânia Collier. 

E essa mistura da capital com o interior e os elementos da cultura pernambucana foi se refletindo não só nos sapatos, mas no ateliê como um todo e virou o “estilo Vitalina” - e isso levou os clientes a perguntarem se os objetos de decoração da loja estavam também à venda. Foi o que bastou para chegar a Vitalina Casa, linha de itens de decoração e mobiliário com DNA nordestino, e a Vitalina Jardim, com a venda de plantas e suprimentos para jardinagem e paisagismo. 

Confira a reportagem completa:

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