Luto

Morre o economista e empresário Carlos Manoel Tavares de Oliveira

Reconhecido no mercado da construção civil, Manoel era diretor da Cinzel Engenharia

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JC

Publicado em 16/06/2021 às 15:30 | Atualizado em 17/06/2021 às 11:54
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Faleceu na manhã desta quarta-feira (16), o economista e empresário Carlos Manoel Tavares de Oliveira, de 76 anos, um dos fundadores da Cinzel Engenharia e da SENO Engenharia. Ele lutava contra um câncer de fígado e estava há 40 dias internado no Hospital Português, na Ilha do Leite, no Recife, mas não resistiu e morreu. Carlos Tavares era viúvo há 4 anos e deixa um casal de filhos (Paulo Sérgio e Carla Andreya) e quatro netos. O sepultamento aconteceu às 16h desta quarta, no Cemitério de Santo Amaro. 

A experiência das empresas de Carlos Tavares estiveram associadas a uma série de obras de referência em Pernambuco. Como sócio da construtora Seno ele foi o responsável pela demolição da antiga fábrica da Sanbra em Areias,  que deu lugar à primeira loja do Makro, hoje Atacadão, no Estado. Ele também esteve à frente da obra de restauração Geraldão, um contrato que pela falta de recursos durou dez anos.

Ao lado do sócio Artur Valente, ele foi o responsável pela construção do templo central da Igreja Universal do Reino de Deus, na Avenida Cabugá, em Santo Amaro. Carlos Tavares era um especialista em obras públicas. Praticamente não participava do segmento de imóveis residenciais e foi contemporâneo de engenheiros como Murilo Paraíso, Antonio Queiroz Galvão e Alvaro Correia Amado.
No Sinduscon, entidade da qual participou, sempre foi um dirigente ético, especialmente na questão do equilíbrio financeiro de contratos.

LEMBRANÇAS

"Eu era superintendente da Nordeste em Pernambuco em 2003, com 27 anos, e durante uma greve teve tentativa de bloquear a entrada da empresa com pneus queimados que deu errado porque o vento levou o fogo que pegou no portão que era grande e a tinta era muito inflamável . Ali na frente de centro de convenções. Quase teve acidente grave com funcionários que estavam na recepção, que iriam ficar presos na fumaça. Mas deu para evacuar todos. A polícia foi chamada e deteve algumas pessoas que teriam ateado o fogo. Fui com advogados para a delegacia dar queixa, pelo risco às vidas a recomendação foi registrar e apurar. Era um clima tenso, claro, tinham as pessoas que estavam no protesto, representantes dos funcionários e o susto em todo deixa os ânimos exaltados. Quando vejo aparece Carlos Tavares lá. Perguntando se estava tudo certo, disse que estava por perto e resolveu “parar”. Disse que se precisasse de algo e iria ficar por “ali”. Passou a tarde por ali. Parada difícil ele não abria com os amigos", recorda o empresário Paulo Dalla Nora. 

Ao longo de mais de 45 anos de atuação no setor da construção civil, Carlos Tavares também cultivou uma boa relação com seus funcionários ao longo dos anos. Emocionado, Cristiano conta que sua vida melhorou a partir do ingresso na empresa. "Dr. Carlos me deu meu primeiro emprego, minha primeira moto, meu primeiro carro, minha casa, emprego para meu cunhado presidiário. Posso dizer que foi meu segundo pai", acredita. 

"Ele deixa um legado maravilhoso. Era muito amado pelos filhos, pelos netos, genro, nora, irmão, sobrinhos e por todos nós funcionários e amigos. Como empresário deixa o exemplo de um homem forte, corajoso, destemido, muito preocupado com seus funcionários, nunca nos desamparou. Era admirável", afirma a funcionária Rejane Vasconcelos.


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