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Prévia da inflação de julho no Grande Recife tem o segundo maior percentual do País

No Grande Recife, o índice chegou a 0,86%, resultado superior aos números do Brasil (0,72%)

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JC

Publicado em 23/07/2021 às 19:26
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo IBGE e conhecido como prévia da inflação, chegou a 0,86% em julho na Região Metropolitana do Recife, o segundo maior índice entre as 11 localidades pesquisadas, atrás apenas de Curitiba (1,19%). Mesmo assim, houve uma desaceleração frente ao mês de junho, quando o percentual foi de 1,08%. Pelo terceiro mês seguido, o IPCA-15 do Grande Recife foi superior ao do Brasil. No país, a prévia da inflação foi de 0,72%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE.

ACUMULADO

No acumulado do ano, a RMR fica em terceiro lugar no ranking das maiores altas do IPCA-15, com 5,01%, atrás apenas de Fortaleza (6,3%) e Curitiba (6,23%). No Brasil, o índice foi de 4,88%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Grande Recife está na quinta posição, com alta de 9,36%, superado por Fortaleza (10,55%), Curitiba (10,32%), Porto Alegre (9,59%) e Goiânia (9,37%). O percentual do Brasil, por sua vez, foi de 8,59%.

O IPCA-15 mede as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços. Os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho. Sete deles tiveram aumento, e o mais expressivo deles ocorreu nos transportes (2,66%), puxado pelo reajuste de 18,16% nas passagens aéreas e de 5,28% nos combustíveis. Em seguida, está a categoria Habitação (1,68%), influenciada principalmente pela alta de 3,97% na energia elétrica, reflexo da bandeira tarifária vermelha, e do gás de botijão, cuja alta foi de 3,48%.

Os outros grupos que tiveram alta foram os de Despesas pessoais (0,57%), Alimentação e bebidas (0,51%), Artigos de residência (0,45%), Comunicação (0,11%) e Educação (0,08%). Os índices negativos ficaram por conta da Saúde e cuidados pessoais (-0,32%) e Vestuário (-0,84%).

PRODUTOS 

No IPCA-15 de julho, os produtos e serviços que tiveram maior reajuste foram a melancia (18,35%), as já citadas passagem aéreas, com 18,16%, a macaxeira (13,22%), o transporte escolar (11,53%) e o mamão (7,03%). Por outro lado, as quedas mais acentuadas foram no transporte por aplicativo (-34,26%), na batata-inglesa (-18,72%), no abacaxi (-11,91%), na alface (-10,23%) e no cheiro verde (-8,65%).

Sobre o IPCA-15

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) é quem produz regularmente os índices de preços ao consumidor. Com divulgação na internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.

Atualmente a população-alvo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários, mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e Goiânia.

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