PRODUÇÃO

Devem ser colhidas 11,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nesta safra em Pernambuco

Na safra anterior, foram processadas 11,7 milhões de toneladas nos canaviais pernambucanos. A atual moagem vai se estender até março e empregar entre 60 mil e 70 mil pessoas

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 25/08/2021 às 16:41 | Atualizado em 25/08/2021 às 17:06
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A expectativa da atual safra da cana-de-açúcar (21/22) é de colher 11,9 milhões de toneladas até março do próximo ano, o que significará um ligeiro acréscimo de 2,5%. Na moagem passada (20/21), foram processadas 11,7 milhões de toneladas da planta. O que mais impactou a atual colheita foram as condições desfavoráveis do clima que predominaram até junho com chuvas abaixo do esperado. 

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"Em julho e agosto, ocorreu uma certa recuperação hídrica. E por isso a atual safra vai ser similar às anteriores. A previsão é de que sejam exportados até 40% do açúcar produzido nesta moagem. As chuvas e sua distribuição tem componentes imprevisíveis", comenta o presidente do Sindicato da Indústira do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.
 

Durante os últimos meses, os canaviais espalhados pelo Estado passaram por grandes variações com relação ao comportamento das chuvas. Dependendo das localidades, a precipitação pluviométrica variou de 90 milímetros na média mensal, em algumas localidades da Mata Norte,  a 220 milímetros, em média por mês, na Mata Sul. Para a cana-de-açúcar se desenvolver, precisa de períodos alternados de sol com chuva. Na atual safra, houve uma renovação de 12,8% dos canaviais em algumas empresas.

A moagem da cana-de-açúcar movimenta a economia de cerca de 60 municípios na Zona da Mata de Pernambuco, gerando de 60 mil a 70 mil empregos no campo. Somente algumas usinas da Mata Norte começaram a safra em agosto, mas a maioria inicia a partir de setembro. Geralmente, a colheita vai até março.

RESULTADO

A produção da safra 2021/22 deve alcançar 940 mil toneladas de açúcar e cerca de 362 milhões de litros de etanol. A expectativa é que 40% da produção de açúcar seja destinado ao mercado externo, sendo escoados pelos Porto do Recife e de Suape. "Esperamos que ocorra uma celeridade nas obras da dragagem do Porto do Recife para termos um avanço até outubro", comenta Renato. A falta de dragagem é um problema para a atracação dos navios no Porto do Recife, podendo inclusive provocar atrasos na movimentação da carga. 

Para Renato, o setor vem perdendo "competividade em sua plataforma de exportações, para outras origens do Nordeste, em função das restrições dos níveis atuais do calado do Porto”.  Ele estava se referindo ao Porto do Recife. A falta de dragagem diminui a profundidade necessária que os navios precisam para atracar.

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