Sem comprador

Petrobras informa que interessados em comprar a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, desistiram do processo

Considerada a unidade de refino mais cara do mundo, Rnest opera em Suape abaixo de sua capacidade total de processamento, porque obra da segunda fase não foi concluída

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Adriana Guarda

Publicado em 25/08/2021 às 20:24 | Atualizado em 25/08/2021 às 23:12
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A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, terá que esperar um pouco mais para ser vendida. É o que afirma a Petrobras. Os interessados no processo de venda da Rnest desistiram da compra, enquanto as demais unidades de refino que integram o plano de desinvestimento da estatal continuam no páreo. A Petrobras não explicou o motivo da desistência, apenas informou o fato nesta quarta-feira (25). 

"A Petrobras informa que os interessados no processo de venda da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) declinaram formalmente de apresentar proposta vinculante para a compra da refinaria. Assim, a Companhia está realizando os trâmites internos para encerramento do processo de venda em curso e avaliará seus próximos passos". Com isso a companhia não informou, por enquanto, se vai reiniciar um novo processo. 

A empresa explicou, ainda, que "os processos competitivos para venda da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, continuam em andamento visando a assinatura dos contratos de compra e venda. As refinarias Landulpho Alves (RLAM) e Isaac Sabbá (REMAN) já tiveram seus contratos de compra e venda assinados", afirma.

Tentativa desde 2019

A Petrobras anunciou a intenção de vender oito de suas refinarias, em abril de 2019. A Rnest é a mais moderna delas, porque foi a última ser construída, mas também a mais polêmica. O empreendimento esteve no centro da operação Lava Jato e foi reconhecida como a refinaria mais cara do mundo, embora não tenha nem o tamanho nem a capacidade de produção das maiores unidades de refino internacionais. 

A Rnest também não teve sua obra concluída, ficando pendente a segunda etapa (o chamado segundo trem). Com isso, a capacidade de processamento da unidade é de 230 mil barris por dia, mas processa apenas metade desse volume. 

Em comunicado ao mercado, a Petrobras "reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes dos projetos em curso serão divulgadas ao mercado".

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