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Startup aproveita Open banking para criar figura do "gerente do cliente"; entenda mudança

Plataforma reúne mais de 40 bancos, fintechs e corretoras, prometendo melhores condições para acesso a crédito e produtos financeiros

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Lucas Moraes

Publicado em 06/09/2021 às 17:08 | Atualizado em 06/09/2021 às 17:08
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Realidade que já avança no Brasil, o Open banking ou Open finance, permite o compartilhamento de dados bancários entre as empresas que operam serviços financeiros. A possibilidade tem impulsionado novas soluções, que prometem facilidade aos clientes na escolha, por exemplo, por investimentos e linhas de crédito. Uma delas, a plataforma Franq Open Banking busca ser alternativa para bancários autônomos, reunindo serviços de várias empresas em um único lugar e levando a cabo a ideia de que o gerente do banco agora representa mesmo é o interesse do cliente.

De Santa Catarina, no Sul do País, a startup já atua no Nordeste. Especificamente em Pernambuco, estão 27% dos clientes finais na região e 22% dos bancários autônomos, chamados de personal bankers, atuantes na plataforma na região.

“Hoje temos 40 instituições financeiras, bancos, fintechs, corretoras e seguradoras, num ecossistema de 140 a 142 produtos dentro da plataforma. Uma gama com tudo que se encontra dentro de uma agência bancária”, diz o co-founder & head comercial e de expansão na Franq, João Boos.

A plataforma, segundo ele, surgiu da dinamização trazida ao setor pelo open banking, mas também da demanda do número de bancários que vinham sendo demitidos em função do fechamento de agências em todo o País.

“Muitas vezes você precisava ter três ou quatro contas em bancos para ter acesso a um produto ideal. Propomos uma mudança de conceito, sendo uma referência para você saber com quem falar, que é esse seu bancário que temos na plataforma. O gerente deixou de ser gerente do banco e é do cliente agora”, enfatiza Boos.

O funcionamento da Franq é ancorado no compartilhamento das informações entre os bancos e na figura do bancário autônomo como especialista para atendimento e apresentação de propostas de acordo com a demanda do cliente. A partir desse bancário, o personal banker, a ideia é que o cliente tenha acesso a um cardápio de produtos de crédito e investimentos, de diversas instituições financeiras, comparando as condições e recebendo orientação do bancário.

A plataforma diz não promover nenhuma das instituições parceiras e para isso sempre oferece no mínimo três opções para os serviços optados. Atualmente, a Franq reúne 3 mil personal bankers e trabalha com uma taxa de crescimento 300% ao mês.

Para o cliente, não há custo adicional. O bancário autônomo paga uma mensalidade para ter acesso à plataforma (R$ 200 por mês) e negocia comissionamento por produção, cada vez que efetua desembolso ou contratação de produto ou serviço. A divisão é de 80% para o bancário autônomo e 20% para a startup.
De acordo com o co-founder, o atendimento já é de 40 mil clientes, liberando cerca de 8 mil operações por mês (contratações), e rodando próximo dos R$ 100 milhões de crédito mensais.

A plataforma não estima o quanto o cliente consegue economizar com a variedade de opções na hora da contratação, mas garante a vantagem pelo acesso a mais ofertas e consequentemente a um preço mais adequado. Da demanda no Estado, são de adiantamento de recebíveis.

 

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