alta de 0,95%

IPCA: Brasil vive maior inflação desde 2003, no acumulado de 12 meses

Aumento foi puxado mais uma vez pela gasolina, que subiu 3,35% no mês e acumula alta de 50,78% em 12 meses, segundo o IBGE

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/12/2021 às 19:09 | Atualizado em 10/12/2021 às 21:04
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A alta de 0,95% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro foi o maior resultado para o mês desde 2015, quando subiu 1,01%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10. Em novembro de 2020, o IPCA ficou em 0,89%.

O resultado de novembro de 2021 fez também a taxa de inflação em 12 meses atingir o maior patamar desde novembro de 2003, quando estava em 11,02%.

A taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 10,67% em outubro para 10,74% em novembro, ante uma meta central de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano.

Segundo o IBGE, a taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 9,26%. Com isso, o IPCA também está bem acima do teto da meta para este ano, que é de 5,25%.

Sete dos nove grupos do IPCA tiveram alta de preços em novembro

Houve alta de preços em sete dos nove grupos que integram o IPCA. Os grupos com aumentos de preços foram Habitação (1,03%), Artigos de Residência (1,03%) Vestuário (0,95%), Transportes (3,35%), Despesas Pessoais (0,57%), Comunicação (0,09%) e Educação (0,02%).

As famílias gastaram menos apenas com Alimentação e Bebidas (-0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,57%).

O resultado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi puxado pela queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%), especialmente dos perfumes (-10,66%), artigos de maquiagem (-3,94%) e produtos para pele (-3,72%). Além disso, os planos de saúde (-0,06%) seguem recuando, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais.

Por outro lado, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 1,13%, contribuindo com 0,04 ponto porcentual para o índice de novembro.

A queda no grupo Alimentação e Bebidas foi puxada pela alimentação fora do domicílio, que caiu 0,25%, influenciada pelo subitem lanche (-3,37%). A refeição fora de casa subiu 1,10%.

Em Despesas Pessoais, os destaques foram hospedagem (2,57%) e pacote turístico (2,28%), além das altas também em manicure (1,72%) e brinquedo (2,77%).

A principal pressão do grupo Transportes partiu da gasolina, com alta de 7,38% em novembro, o maior impacto individual no índice do mês, de 0,46 ponto porcentual (p.p.).

Em Habitação, o destaque foi a energia elétrica, que subiu 1,24%, com uma contribuição de 0,06 ponto porcentual para o IPCA

 

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