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Líder de caminhoneiros critica proposta de auxílio do governo: "caminhoneiro não é burro e sabe fazer conta"

Para o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, "mil reais não resolvem o problema dos caminhoneiros autônomos"

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Amanda Azevedo

Publicado em 07/07/2022 às 17:11 | Atualizado em 07/07/2022 às 17:15
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Da Estadão Conteúdo

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, divulgou nota nesta quinta-feira (7) criticando o auxílio-caminhoneiro proposto pelo governo federal.

Para o dirigente, "mil reais não resolvem o problema dos caminhoneiros autônomos", disse, na nota, qualificando ainda o auxílio de "afronta à inteligência" da categoria e "tentativa clara de comprar o direito mais digno de um cidadão, que é o seu voto".

Ele lembrou que "caminhoneiro não é burro e sabe fazer conta". O auxílio de R$ 1 mil daria para colocar 133 litros de óleo diesel no tanque, com o litro, "sendo otimista", a R$ 7,50. Chorão detalhou que a maioria dos caminhoneiros autônomos tem veículos antigos, que fazem no máximo 2 quilômetros por litro do combustível.

"Com a PEC da esmola os caminhoneiros, conseguem rodar 266 km, é uma falta de respeito", reforçou.

O presidente da Abrava indagou também, no comunicado, como esse dinheiro será entregue aos caminhoneiros autônomos e reforçou o pedido a respeito de se divulgar o real tamanho do estoque de óleo diesel no País. "E qual a previsibilidade de aumentos de combustíveis (diesel, gasolina, gás) em face do aumento do dólar?", citou.

"Lembrando que mudou o presidente da Petrobras, mas o PPI (preço dos combustíveis conforme a paridade de importação) continua firme e forte", criticou.

Chorão terminou a nota pedindo que o presidente Bolsonaro não "duvide da inteligência" dos caminhoneiros, que não precisam de esmola, e sim de respeito".

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