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DATAFOLHA: 80% dos eleitores querem manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

Entre os que declararam usufruir do Auxílio Brasil, 90% consideraram que R$ 600 devem ser mantidos pelo governo por pelo menos mais um ano. Apenas 5% desse grupo defenderam a redução

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Agência Brasil

Publicado em 11/09/2022 às 14:07
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A pesquisa Datafolha divulgada nesse sábado (10) mostrou que 8 em cada 10 entrevistados defendem que o Auxílio Brasil continue a ter o mesmo valor de R$ 600, em 2023. O benefício, antes de R$ 400, aumentou para R$ 600 até dezembro deste ano por causa da aprovação da PEC dos Auxílios.

Ao ser perguntados sobre “O Auxílio Brasil deve ser mantido em R$ 600 em 2023?”, os entrevistados responderam:

  • 82% responderam que o valor de R$ 600 deve ser mantido
  • 8% disseram que o valor deve voltar a R$ 400 em janeiro do ano que vem
  • 2% responderam que o valor deve ser superior a R$ 600
  • 3% responderam que não deve haver valores pagos
  • 4% disseram não saber e,
  • 1% deram outras respostas

Entre os que declararam usufruir do Auxílio Brasil, 90% consideraram que R$ 600 devem ser mantidos pelo governo por pelo menos mais um ano. Apenas 5% desse grupo defenderam a redução.

O Datafolha também questionou aos beneficiários sobre quem eles devem votar nas eleições presidenciais de 2022. Segundo o levantamento, 56% desse público, composto por 20 milhões de família, votam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ante 28% do presidente Jair Bolsonaro (PL). No recorte geral, o Lula tem 45%, e Bolsonaro, 34%.

O programa de transferência de renda que substituiu o Bolsa Família já teve sua primeira parcela toda paga em agosto, e até aqui não alterou significativamente o voto dos mais pobres.

Ministério da Cidadania vai revisar o cadastro do Auxílio Brasil

Da Agência Brasil

O trabalho de fiscalização envolve um conjunto de órgãos, como Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal. O cruzamento de informações no Cadastro Único (CadÚnico) perpassa 34 fontes de dados.

Os pagamentos do Auxílio Brasil, no valor de R$ 600, começaram em agosto a famílias que se enquadram no perfil de vulnerabilidade social previsto no programa. Essas famílias também tiveram direito ao Vale Gás no valor de R$ 110. Esses valores são resultados de Emenda Constitucional, promulgada pelo Congresso Nacional, que ampliou o volume de benefícios destinados à população de baixa renda no país.

O ministro explicou que o Auxílio Brasil busca promover uma mudança social alicerçada na autonomia das pessoas de forma que os incentivos possam ser também uma alavanca, uma porta de saída. "O principal eixo do programa é trazermos oportunidades para as famílias, com essas oportunidades elas conseguem gerar renda própria e renda é sinônimo de liberdade", disse.

Segundo o ministro, hoje, todas as famílias na pobreza e na extrema pobreza estão recebendo o benefício. Ele explicou que as famílias que ainda não recebem o benefício devem se dirigir a um Centro de Referência em Assistência Social (Cras), nos municípios, para serem inscritas no CadÚnico, banco de dados que é uma porta de entrada para os programas sociais. O pré-cadastro também pode ser feito por meio do aplicativo Cadastro Único. A projeção do Ministério da Cidadania é chegar a 21 milhões de famílias recebendo o Auxílio Brasil até o final do ano.

 

Segurança alimentar

Durante a entrevista, Ronaldo Bento falou ainda sobre o programa Alimenta Brasil, que tem como finalidade ampliar o acesso à alimentação para a população em situação vulnerável e incentivar a produção de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, povos indígenas e demais populações tradicionais.

"O programa visa combater a insegurança alimentar fomentando a produção local de alimentos. Isso faz com que a gente tenha um alimento saudável sendo entregue a essa população de maneira mais rápida", disse o ministro. "A gente garante a compra desses produtos para fins de entrega a bancos de alimentos e, a partir dali, vai para a merenda escolar, vai para toda essa rede de segurança alimentar. É um sistema de segurança alimentar que nós temos", completou.

Ainda sobre o assunto, o ministro da Cidadania ainda comentou sobre a importância do Brasil na produção de alimentos em escala mundial, sendo o país um dos maiores produtores do planeta. "Produzimos um a cada cinco pratos de alimento no mundo. Sem o Brasil hoje o mundo passa fome", destacou Ronaldo Bento.

 

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