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FERNANDO DE NORONHA: PASSAGENS para NORONHA SUSPENSAS; saiba o que acontece

Proibição de aeronaves de maior porte prejudica operação das companhias aéreas Azul e Gol em Noronha

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Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 10/10/2022 às 20:06
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Os turistas ou moradores que pretendem chegar ou sair de Fernando de Noronha, caso ainda não tenham comprado seus bilhetes, não o poderão fazer até janeiro de 2023. A companhia Azul suspendeu a venda de passagens, devido à redução da capacidade de seus voos para o arquipélago, atendendo determinação da Anac, que proibiu o uso de aeronaves de maior capacidade em Noronha. A Gol também suspendeu a comercialização. 

Apesar de informar a continuidade da operação na ilha, a Azul está reduzindo suas frequências. A nova operação da Azul em Fernando de Noronha será realizada com aeronaves do modelo ATR72-600, com capacidade para transportar até 70 clientes.

A empresa diz ainda que, neste momento, a prioridade é o embarque dos clientes com bilhetes já emitidos e, por isso, não estão à venda "voos de ou para Fernando de Noronha até 31 de janeiro de 2023".

A normalização da comercialização dos bilhetes só se dará após o atendimento de todos os clientes com bilhetes em mãos,  com os assentos remanescentes sendo disponibilizados. A companhia não informa qual seria o quantitativo de clientes que já compraram passagens. 

"Entre os dias 12 e 31 de outubro, a companhia manterá suas três operações diárias regulares em cada sentido e outras duas ligações extras – programadas para minimizar os impactos da restrição imposta devido às condições da pista. A Azul ressalta que continua com amplo debate com todas as instituições envolvidas, liderado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)", destacou a empresa. 

Os voos extras saem de Noronha às 12h30 e 17h20 em direção ao Recife. No sentido contrário, às 11h50 e 16h40. Nos próximos dias, a nova malha para os meses subsequentes, com capacidade adicional, será anunciada, segundo a Azul. 

Como ficam os voos para Noronha pela Gol?

 A Gol também cancelou a venda de novos bilhetes aéreos para Noronha, porém não deu detalhes sobre como ficam as operações a apartir de agora.

"Com prioridade máxima, a companhia entrará em contato com os clientes e moradores da ilha, com passagens emitidas e com destino ou partida de Fernando de Noronha, para as tratativas de acomodação, crédito ou cancelamento, e coloca à disposição sua central de atendimento pelo 0300-115 212", disse em nota. 

O QUE ACONTECEU EM NORONHA?

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que, a partir do dia 12, restringirá as operações de pouso e decolagem do aeroporto de Fernando de Noronha para aeronaves com motores a reação – exemplo dos turbojatos, que estão proibidos de aterrissar no local – por causa das condições da pista. De acordo com a entidade, a ação é por questões de segurança e será mantida até o cumprimento das determinações presentes no Regulamento Brasileiro de Avião Civil (RBAC).

O governo de Pernambuco, as companhias que voam para a ilha e a empresa responsável pelo aeroporto local. Operações de emergência ou de transporte de valores serão exceções e poderão ser realizadas mediante prévia coordenação.

O Aeroporto Governador Carlos Wilson, localizado no Arquipélago de Fernando de Noronha, distrito pernambucano a 545 quilômetros do Recife e um dos principais destinos turísticos do País, já teve a ampliação de sua capacidade anunciada pelo governo do Estado. 

A partir de uma nova concessão, cujo processo licitatório foi aberto no dia 20 de setembro, espera-se uma ampliaçao de 60% do terminal. 

O espaço já funciona sob administração de uma empresa privada via concessão realizada há 10 anos. Com o prazo desse primeiro contrato em fase de finalização, a nova licitação selecionará a empresa vencedora que ficará responsável pela expansão, exploração e manutenção do aeroporto durante os próximos 25 anos.

A licitação segue os parâmetros da Lei 8.987/95, com valor mínimo da outorga de R$ 889.452,70 e critério de julgamento pelo maior valor ofertado.

O valor estimado do contrato é de R$ 81,1 milhões, com data-base em março de 2021, correspondente ao somatório dos valores dos investimentos obrigatórios a serem realizados pela concessionária acrescidos do valor da outorga fixa.

 

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