Energias renováveis

ENERGIA SOLAR: Empresa inaugura complexo de fabricação de sistemas fotovoltaicos em Pernambuco

Empreendimento fotovoltaico da Renovigi Energia Solar será inaugurado no primeiro trimestre de 2023, no município de Jaboatão dos Guararapes. Produção será comercializada em todo o Nordeste

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Adriana Guarda

Publicado em 30/11/2022 às 18:29
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O avanço na geração de energia renovável no Brasil desperta o apetite de investidores da cadeia produtiva do setor. Nesta quinta-feira (1), a Renovigi Energia Solar anuncia a inauguração de um complexo de fabricação de sistemas fotovoltaicos em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O empreendimento, com previsão de operar no primeiro trimestre de 2023, será integrado por uma unidade montadora dos equipamentos e um centro de distribuição. 

A nova unidade será a primeira da empresa no Nordeste e a terceira no País, que tem centros em operação nos municípios de Louveira (SP) e Navegantes (SC). A companhia não informa o valor do investimento nem a estimativa de empregos do projeto local. 

O interesse da Renovigi no Nordeste está alinhado ao crescimento da energia solar na região. Hoje o mercado nordestino corresponde a cerca de 20% do faturamento da empresa. A ideia é comercializar os sistemas para todos os estados da região. 

Há pouco menos de uma década, a energia solar era a quinta fonte na matriz energética brasileira. Hoje, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), já é a terceira e corresponde a 10,2% da geração. Atualmente, o foco do mercado é a geração distribuída (de pequenos consumidores), liberada pelo consumo residencial (78,7%) e por empreendimentos comerciais e de serviços.

No Nordeste, Bahia (621,4 MW), Ceará (477,9 MW) e Pernambuco (450,5 MW) têm as maiores potências instaladas da região. No ranking dos estados brasileiros ocupam, respectivamente, a 8ª, 10ª e 12ª posições. 

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Unidade de Jaboatão dos Guararapes da Renovigi será a terceira da empresa no País, com fabricação de sistemas fotovoltaicos - Divulgação
   

O gerente executivo da Renovigi, Guilherme Costa, destaca que a região dispõe de uma boa malha viária, tornando a entrega dos equipamentos mais eficiente, além da proximidade com o Porto de Suape, facilitando a logística no recebimento de matéria-prima para a produção dos geradores.

A Renovigi chega ao Nordeste com um complexo de fabricação de sistemas fotovoltaicos já contando com uma base de credenciados, que atuam na venda direta, instalação e manutenção dos kits de energia solar para o público final.

“O Nordeste tem um potencial muito grande de incidência solar, ao mesmo tempo em que os equipamentos estão ficando cada vez mais acessíveis. Temos um espaço gigantesco para crescimento da fonte solar na região nos próximos anos”, comenta Costa. 

De acordo com a Absolar, em 2013 o preço médio do megawatt-hora estava na casa dos US$ 100. A partir de 2019 passou a figurar como uma das mais competitivas do Brasil e hoje custa US$ 32,34 o MWh. 

INTERESSE PELA ENERGIA SOLAR 

A chegada da Renovigi no Nordeste é parte do plano de expansão da companhia, que em fevereiro deste ano foi adquirida pela Intelbres por R$ 334 milhões. Empresa de tecnologia, conhecida por seus produtos eletrônicos e de segurança, a Intelbras comprou a catarinense Renovigi como parte da estratégia de se consolidar como uma empresa de referência no mercado de energia solar.

Com matriz em Chapecó (SC) e escritório em Campinas (SP), a Rinovigi tem um quadro enxuto de 200 funcionários e faturou R$ 799,5 milhões em 2021. Uma das líderes do segmento no País, a Renovigi completou 10 anos em setembro, contabilizando a instalação de 2,5 milhões de painéis fotovoltaicos e cerca de 90 mil geradores, o equivalente a uma potência instalada próxima de 1 GW.

“O histórico da Renovigi é muito importante para a sua consolidação no mercado. Estamos falando de equipamentos que tem uma vida útil de 25 a 30 anos, por isso é importante que os projetos contem com um fornecedor que apresente a garantia e a segurança da Renovigi para a sua manutenção”, explica Costa. 

A fonte solar cresceu 59% este ano no Brasil, passando de 13,8 GW para 22 GW. Observando o benefício para minimizar a crise climática, foi responsável por evitar a emissão de 30,6 milhões de toneladas de CO² na atmosfera até 2022.

 

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