AUMENTO DA GASOLINA: PREÇO DA GASOLINA pode subir independentemente das ações de LULA. Entenda o motivo
Novo governo começou o ano com desafio de manter desoneração dos combustíveis
Com Estadão Conteúdo
Os preços da gasolina e do diesel nas refinarias da Petrobras voltaram a registrar defasagem no início deste ano em relação ao mercado internacional.
Leia nesta matéria:
- Preço da gasolina no mercado internacional
- Aumento da gasolina no governo Lula
Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), abrindo espaço para alta de R$ 0,36 por litro no caso da gasolina (defasagem de 11%) e de R$ 0,21 por litro no diesel (defasagem de 4%).
De acordo com a Abicom, há nove dias a janela de importação está fechada para os dois combustíveis.
Preço da gasolina no mercado internacional
"Apesar da alta no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo diesel apresentaram redução no mercado internacional na abertura de hoje, nas contas da Abicom, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para gasolina e para o óleo diesel", disse a Abicom em seu relatório diário.
Se levados em conta os preços também da Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala, a única de grande porte privatizada pelo governo anterior, a defasagem da gasolina cai para 9%, enquanto o preço do diesel segue com diferença para baixo de 4% em relação ao mercado internacional.
No último sábado, a Acelen aumentou o preço do litro do diesel em R$ 0,3676 e da gasolina em R$ 0,2559. Já a Petrobras fez os últimos reajustes desses combustíveis no dia 7 de dezembro, registrando quedas médias de 8,12% e de 6,11%, respectivamente.
O petróleo segue em tendência de baixa, registrando nesta terça-feira, 3, queda de 1,64% para os contratos de março, cotado a US$ 84,50, derrubado pela valorização do dólar, depois de ter subido por dois dias seguidos. A commodity, porém, continua com grande volatilidade.
Aumento da gasolina no governo Lula
O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta segunda-feira (2) que o governo vai investigar os postos que aumentaram o preço dos combustíveis nos últimos dias. Segundo o portal Metrópoles, a justificativa dos postos seria uma suposta retomada da cobrança de tributos federais sobre gasolina, álcool e diesel (PIS/Cofins e Cide).
"Já orientei o Wadih (Damous, secretário Nacional do Consumidor) para verificar os aumentos irrazoáveis, imoderados, dos combustíveis que vemos hoje, uma vez que não há razão objetiva", disse Dino, durante a sua posse na pasta.
De acordo com o ministro, "não houve aumento na Petrobras e não há base empírica para que haja essa descoordenação em relação a preços".
Ao longo do mês de dezembro, a equipe econômica do governo Lula cogitou não renovar a desoneração dos combustíveis, movimento que ocasionaria o aumento do preço da gasolina. O petista, porém, decidiu não fazer isso neste momento.
Saiba como economizar gasolina no vídeo abaixo: