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PASSAGEM BARATA: governo Lula quer lançar programa com passagens a R$ 200; entenda a proposta

Programa já está pronto, à espera de aprovação, segundo ministro

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Lucas Moraes

Publicado em 12/03/2023 às 13:08
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O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, adiantou, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que o governo federal já formata um programa com passagens aéreas de baixo custo para uma parte da população. Segundo França, o programa já está pronto, esperando apenas o aval o presidente Lula (PT). 

Ainda de acordo com o ministro, o programa "será uma revolução na aviação brasileira". "A meta é encontrar passagens a R$ 200 (o trecho), R$ 400 ida e volta, de qualquer lugar do país. O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros, cada uma delas, operando com 78% a 80% de vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam", afirmou ao jornal. 

Pela proposta apresentada pelo ministro, o programa beneficiaria servidores públicos, estudantes e aposentados e pensionistas. A ideia é que a venda das passagens desses assentos ociosos seja feita por meio de bancos públicos ou aplicativos, vinculando, conforme a comprovação de renda já atestada pelo governo federal, ao pagamento de parcelas.

"Duas passagens por ano. Cada usuário terá direito a duas passagens por pessoa por ano. Você pode comprar para você e para sua esposa, para você e para o seu filho. Ou seja, duas idas e voltas para qualquer lugar, quatro pernas por R$ 200,00 cada, R$ 800,00 em 12 prestações de R$ 72,00. Essa é a meta. Tira dezembro, janeiro e julho. São 14 a 15 milhões de passagens ao ano por R$ 200", confirmou o titular da pasta de aviação.

"São pessoas que já têm a renda vinculada conosco, estudantes são a exceção. Temos que encontrar um mecanismo de financiamento. Ajuda a aviação, as pessoas vão poder voar. Lembra aquela história que aeroporto era rodoviária, isso se dá com o crescimento econômico. Melhora a economia vai ter crescimento".

Conforme o ministro, a venda das passagens não seria subsidiada pelo governo (com a gestão pagando parte do valor cheio para que o usuário bancasse apenas até R$ 200 por trecho).

"A ideia é fazer um acordo com as empresas para vender o espaço excedente com o governo intermediando. No fundo isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muito tempo atrás. Um programa chamado Melhor Viagem, destinado a idosos. Conversei com a presidente da Caixa, acho que vai ser fácil. O que importa é a decisão política e as três (companhias) têm que querer. Nós só temos três: Azul, Gol e Latam, pode ser que alguma não se interesse, mas acho difícil". 

Segundo o ministro, o programa também terá critérios de renda. Ele afirma que o País atualmente emite 90 milhões de passagens ao ano, atendendo ao público de apenas 10 milhões de pessoas.

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