Era uma tarde de sexta-feira, 16 de abril de 1943, quando industriais, comerciantes e representantes da sociedade pernambucana se reuniram no Salão Nobre da Federação das Indústrias para dar posse ao Conselho Regional do Senai no Estado. Durante dias, a imprensa local anunciou o evento.
O Brasil vivia o Estado Novo, com Getúlio Vargas no comando da nação e defendendo o nacionalismo econômico. Ele queria "modernizar" o País, mas mantendo a intervenção do governo. Em 1942, Vargas publicou o Decreto-Lei 4.048, estabelecendo a criação de Conselhos Regionais do Senai nos Estados onde existisse Federação das Indústrias.
Os primeiros instalados no País, na segunda metade de 1942, foram Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Pernambuco foi o primeiro Estado do Nordeste a criar seu Conselho, no ano seguinte.
O entendimento do governo Vargas era que para o Brasil acelerar o desenvolvimento era preciso aumentar a eficiência da indústria, adotar uma política de desenvolvimento tecnológico e investir em capital humano. A criação do Senai teria um papel central na contribuição para essas mudanças.
Um dos herdeiros da fábrica de biscoitos Pilar no Recife, Joseph Turton Júnior, era o presidente da Federação das Indústrias na época e passou a acumular a presidência do Conselho Regional do Senai. O interventor Agamenon Magalhães (braço-direito de Vargas) não compareceu ao evento, mas mandou representante.
A primeira escola do Senai em Pernambuco foi intalada no bairro recifense de Areias e recebeu o nome de "Escola de Aprendizagem de Areias”. Com a morte de Joseph Turton Júnior, em 1946, passou a se chamar “Escola de Aprendizagem Joseph Turton Júnior”. Em 1968, recebeu a denominação de Centro de Formação Profissional Joseph Turton Júnior.
Os primeiros cursos da escola de Areias foram de torneiro mecânico, marcenaria e serralharia. Depois foram incluídos outros cursos como gráfica, ajustagem, alfaiataria, caldeiraria, tecelagem, mecânica de automóveis, eletricidade, linotipo e eletrônica.
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