A produção industrial em Pernambuco cresceu 8,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi o melhor resultado entre os 15 Estados que contam com esse indicador. No Brasil, houve uma queda de 0,2%, próxima à estabilidade. Os resultados estão na Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-
Regional) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira (26).
Apesar do crescimento acima da média nacional em fevereiro, o resultado não deve ser comemorado como uma tendência consolidada para o setor industrial de Pernambuco. A gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, explica que esse resultado positivo foi consequência de quedas sucessivas nos índices da indústria no último trimestre de 2022.
“Há uma alta expressiva no período, porque a base de comparação estava muito baixa, tanto que o resultado das demais variáveis pesquisadas pela PIM é negativo”, observa.
Entre fevereiro de 2023 e o mesmo período do ano passado, houve queda de 4,8% em volume de produção na indústria pernambucana, resultado superior à média nacional (-2,4%). O mesmo ocorreu com a variação acumulada de janeiro e fevereiro, com recuo de 3,7% para o Estado, maior do que a retração de 1,1% registrada no Brasil. No acumulado dos últimos 12 meses, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, a situação se repetiu, com o desempenho de Pernambuco caindo 2%, contra uma queda de 0,2% no País.
SETORES INDUSTRIAIS
Em fevereiro de 2023, quatro das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em comparação ao mesmo mês de 2022: Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (156,5%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (26,4%), fabricação de bebidas (18,4%) e metalurgia (6,8%). O pior desempenho ficou com a fabricação
de produtos minerais não-metálicos (-54,4%).
No acumulado do bimestre, em comparação ao mesmo período de 2022, fabricação de outros equipamentos de transporte (reparo naval no Estaleiro Atlântico Sul), exceto veículos automotores continuou na frente, com expansão de 117,5%. Fabricação de bebidas passou para o segundo lugar (20,6%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias ficou na terceira posição (6,4%). O resultado mais desfavorável foi, novamente, a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-48,8%).
No acumulado dos últimos 12 meses (março de 2022 a fevereiro de 2023), a fabricação de outros equipamentos de transporte, teve mais uma vez, o maior crescimento (53,2%). A fabricação de produtos de borracha e material plástico e a fabricação de bebidas ficaram empatadas na segunda colocação (7,6%). A fabricação de produtos de minerais não-metálicos ocupa a última posição (-24%).
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