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Pernambuco tem a maior perda de vagas de emprego formal do Brasil em março

Com o fim da safra de cana-de-açúcar, no primeiro trimestre do ano, março costuma ser, historicamente, um mês de extinção de vagas de emprego em Pernambuco, conforme aponta o Caged

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 28/04/2023 às 15:43 | Atualizado em 28/04/2023 às 16:19
HÉLIA SCHEPPA/ACERVO JC IMAGEM
Fim da safra de cana de açúcar estimulou a queda na criação de vagas de emprego - FOTO: HÉLIA SCHEPPA/ACERVO JC IMAGEM

Pernambuco andou na contramão do Brasil na geração de empregos com carteira assinada em março. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que depois de dois meses de recuo, o emprego formal subiu em março, com um saldo positivo (admissões menos demissões) de 195.171 vagas.

Das 27 unidades da Federação, 22 registraram saldo positivo e cinco extinguiram vagas. Pernambuco foi o Estado que mais fechou postos de trabalho (-5.266), seguido por Paraíba (815) e Rio Grande do Norte. Os Estados que se destacaram na criação de empregos foram São Paulo (50.768), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). 

Pernambuco vinha acumulando saldo positivo em janeiro (971) e fevereiro (6.706), mas caiu em março por conta da sazonalidade da cana-de-açúcar. A secretária de Desenvolvimento Profissional e  Empreendedorismo (Sedepe-PE), Amanda Aires, detalha a queda nas vagas.

“A fabricação de açúcar está sempre entre as 10 principais atividades econômicas do Estado, então, variações expressivas tendem a ter um impacto maior no resultado final. Quando observamos os dados do Caged, as três principais atividades que apresentaram um maior saldo negativo estão diretamente ligadas ao setor sucroalcooleiro”, ressalta. As atividades que mais desempregaram foram: Fabricação de Açúcar (-4.520), Cultivo de Cana-de-Açúcar (-1.423) e Fabricação de Álcool (-734). 

SETORES E REGIÕES 

No desempenho geral dos setores, apresentaram saldo positivo de emprego com carteira assinada, as atividades de serviços (2.359) e a construção (344). Já os resultados negativos vieram da indústria (-5.879), agropecuária (-1.954) e comércio (-136). Apesar do fechamento de vagas em março, no acumulado do ano Pernambuco criou 2.411 empregos formais. 

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.

 

 


 

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