Reunião na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com 14 representantes do setor produtivo, selou a volta do diálogo da cúpula do Legislativo pela tramitação da agenda econômica.
Rompidos desde a divergência sobre como devem ser apreciadas as medidas provisórias (MPs), Lira e Pacheco juntos defenderam a nova regra fiscal e a reforma tributária e o não retrocesso em temas considerados pelo setor privado como marcos de avanço institucional, como a Lei do Saneamento e a privatização da Eletrobras.
Idealizada pelo deputado Elmar Nascimento (União-BA), a reunião teve a ajuda do diretor de Relações Institucionais do BTG, o ex-ministro Fábio Faria, a quem coube "convocar o PIB".
Entre os presentes estavam empresários identificados com Lula, como Rubens Ometto (Cosan), Walfrido dos Mares Guia e Josué Gomes (Fiesp), e outros mais próximos de Jair Bolsonaro, como Flávio Rocha (Riachuelo) e Rubens Menin (MRV, CNN).
O grupo se completou com André Esteves (BTG), Carlos Sanchez (EMS), Lucas Kallas (Cedro), João Camargo (Esfera), Ricardo Faria (Granja Faria), Benjamin Steinbruch (CSN), Isaac Sidney (Febraban) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, hoje à frente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).
Segundo os presentes, tanto Lira quanto Pacheco fizeram reiteradas falas enfatizando a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na articulação política dos temas econômicos, o que levou um dos presentes a descrever a iniciativa como uma "legitimação" do ministro como ponto central de diálogo com o governo, após os tropeços de Lula na formação de uma base de apoiadores no Legislativo.