MERCADO DE TRABALHO

Taxa de desemprego recua para 8,3%, diz IBGE

Em um trimestre, foram gerados 278 mil postos de trabalho, alta de 0,3% na população ocupada

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 30/06/2023 às 21:15
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O mercado de trabalho parece retomar o padrão de normalidade e sazonalidade do pré-pandemia de covid-19 - FOTO: DIVULGAÇÃO

Da Estadão Conteúdo

A taxa de desemprego no País recuou de 8,5% no trimestre terminado em abril para 8,3% no trimestre terminado em maio, a mais baixa para esse período do ano desde 2015, quando também estava em 8,3%, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Vemos os dados da Pnad de abril e maio reportando bom desempenho, com o mercado de trabalho robusto, mas que começa a apresentar sinais de desaceleração e perda de ímpeto do crescimento em relação aos últimos dois anos", avaliou o economista Rafael Rondinelli, do Banco Modal.

O mercado de trabalho parece retomar o padrão de normalidade e sazonalidade do pré-pandemia de covid-19, quando costumava haver aumento na taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano, seguido por uma melhora gradual até o fim do ano, apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE

"A gente iniciou ano com aumento (na taxa de desemprego), e agora já em maio a gente tem esse movimento de queda", lembrou Beringuy. "Até agora, estaria parecido um pouco com movimentos de 2019. De todo modo, o que a gente tem nessa queda de desocupação é que ela foi impulsionada por uma menor procura por trabalho", ponderou.

POPULAÇÃO OCUPADA

Em um trimestre, foram gerados 278 mil postos de trabalho, alta de 0,3% na população ocupada, variação considerada estatisticamente não significativa, por ter se mantido dentro da margem de erro da pesquisa. Ao mesmo tempo, 279 mil pessoas deixaram o desemprego, queda de 3,0% na população desocupada.

"A população desocupada caiu, fazendo com que a taxa de desocupação recuasse", afirmou Beringuy. "O recuo da taxa veio mais pela retração da procura do trabalho do que efetivamente pela expansão da ocupação."

Segundo Beringuy, a maioria das atividades econômicas mostrou estabilidade estatística na ocupação, ou seja, os movimentos de demissões e contratações ficaram dentro da margem de erro em oito das dez atividades pesquisadas. As exceções foram a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

O País encerrou o trimestre terminado em maio com um contingente de 8,945 milhões de desempregados. Considerando toda a população subutilizada, faltava trabalho para 20,697 milhões de pessoas.

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