Vitrine do artesanato brasileiro, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) chegou ao fim, neste domingo (16), em sua 23ª edição. Realizado no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), o evento é conhecido como o epicentro da arte popular.
A feira, que é a maior de artesanato da América Latina, recorde de público, segundo o governo de Pernambuco, com base em dados parciais. Circularam, pelo pavilhão do Cecon-PE, 315 mil pessoas ao longo de 12 dias de evento. Em 2022, o saldo foi de 300 mil pessoas. A expectativa é que, na terça-feira (18), seja divulgado o balanço final da Fenearte, incluindo a movimentação financeira. A expectativa inicial era movimentar mais de R$ 40 milhões durante os dias de feira.
Com o tema "Loiceiros de Pernambuco - Arte da Terra, Poesia das Mãos", a feira homenageou a ancestralidade do artesanato em cerâmica.
Neste ano, o governo do Estado garantiu um investimento de R$ 8 milhões, superior ao repasse dado à última edição, no valor de R$ 7 milhões.
A maior feira de artesanato da América Latina recebeu mais de 5 mil expositores, entre artesãos de Pernambuco, de todo o Brasil e de diversos países.
Ao todo, foram mais de 30 setores. O maior espaço foi dedicado aos artesãos pernambucanos, com 305 estandes. Outros 68 expositores do Estado ocuparam o estande do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco (Sebrae-PE). Ao todo, a feirou conta com estandes de oito etnias indígenas, 73 municípios pernambucanos, 40 associações, todos os estados brasileiros e 27 países.
Há 17 anos participando da Fenearte como expositor, o mestre Nena, do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, faz peças de loiça desde criança. "Para mim é uma honra estar aqui na feira. Há seis anos, fui convidado para expor na alameda dos mestres, e este ano vi o meu trabalho ser reconhecido e homenageado. É marcante", comemorou.