A Sudene e o Banco do Nordeste (BNB) firmaram, nesta terça-feira (18), um contrato para que a instituição financeira possa operacionalizar recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
A assinatura do acordo foi realizada pelo superintendente Danilo Cabral e pelo presidente do BNB, Paulo Câmara, em Fortaleza, no Ceará. Também esteve presente o direito de Gestão de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos, Heitor Freire.
“Esse contrato aproxima ainda mais essas duas instituições tão importantes para o desenhada Região e fortalece a atuação da Sudene”, afirma Danilo Cabral. O FDNE era operado pelos bancos federais, como Banco do Brasil, e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
- Danilo Cabral chega à Sudene prometendo diálogo com governos. Pela quantidade dos que foram à posse, a tarefa será árdua
- Danilo Cabral toma posse como novo superintendente da Sudene e destaca o compromisso de ampliar o diálogo com o Nordeste
- Priscila Krause solicita ao governo federal recursos para obras inacabadas de barragens do Estado, durante solenidade na Sudene
Danilo Cabral ressalta que o BNB já é parceiro da Sudene na operação do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste). “Somando os dois fundos regionais estamos investindo cerca de R$ 40 bilhões para o desenvolvimento da nossa região”, disse.
Para 2023, o FDNE tem R$ 1,2 bilhão para financiar empreendimentos nos 11 estados sob influência da Sudene. Os recursos podem ser investidos em todas as áreas, com exceção da construção civil e de serviços. Até este mês de julho, já foram investidos R$ 400 milhões.
“O BNB está a disposição para trabalhar para o desenvolvimento dos nove estados do Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo”, destacou Paulo Câmara.
O Fundo também oferece condições especiais para projetos localizada no semiárido, com prazos de de financiamento que podem chegar a até 20 anos, além da possibilidade de financiar até 60% do valor do empreendimento.
ENERGIAS RENOVÁVEIS
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) iniciou a estruturação das demandas do setor produtivo de energias renováveis. O superintendente Danilo Cabral e o diretor de Gestão de Fundos da Sudene, Heitor Freire, visitaram, nesta terça-feira, empresas que desejam instalar novos empreendimentos na região para geração de energia eólica e solar, além da produção de hidrogênio verde.
Os gestores da autarquia estiveram reunidos com representantes da Fortescue Future Industries (FFI), multinacional que já oficializou interesse em estabelecer uma usina de hidrogênio verde no Poeto de Pecém, em São Gonçalo do Aramante, no Ceará. O projeto é estimado em 6 bilhões de dólares, com previsão de finalização das obras para 2026.
Na ocasião, os empresários apresentaram as tendências de mercado do setor de hidrogênio verde e o potencial brasileiro, especialmente do Nordeste, para a produção do insumo. Segundo estimativa dos empreendedores, o mercado global de H2v tem potencial para gerar até U$ 200 bilhões em 20 anos.
Foram apontados, ainda, alguns desafios locais que, na visão da organização, devem entrar na agenda de articulação do poder público, como a segurança jurídica do processo de neoindustrialização do Brasil.
A Qair também pretende instalar plantas para a produção de H2v no Ceará e Pernambuco, nos portos de Pecém e Suape, respectivamente. Segundo os gestores da empresa, o objetivo é gerar 4GW nos próximos anos.os equipamentos para o projeto cearense já devem começar a chegar em agosto.
O superintendente Danilo Cabral destacou que o cenário do setor energético no Nordeste é otimista e posiciona a região como personagem importante no cenário internacional.
“A agenda de sustentabilidade abre uma verdadeira janela de oportunidades para a região. E já estabelecemos diretrizes e prioridades em nossos instrumentos de ação para articular esforços para viabilizar projetos na região e fortalecer a infraestrutura para receber estes empreendimentos”, comentou o gestor.
Heitor Freire, diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da autarquia, ressaltou que esta é a oportunidade para que o Nordeste “possa ocupar o seu lugar no mundo”, ressaltando o potencial da região neste setor.