QUEDA DE ENERGIA

APAGÃO: saiba o que foi afetado em Pernambuco

ABRADEE diz que não houve nenhuma falha no sistema de distribuição de energia

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JC

Publicado em 15/08/2023 às 21:27 | Atualizado em 15/08/2023 às 23:25
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A queda de energia que afetou o Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com a Neoenergia Pernambuco, comprometeu 35% das cargas em todas as regiões do Estado, e o estabelecimento do fornecimento nas áreas atingidas iniciou às 9h03, sendo concluído às 10h37.

No bairro do Pina, Zona Sul do Recife, técnicos da distribuidora substituíram dispositivos da rede elétrica danificados em virtude da interrupção, serviço que foi finalizado no início da noite desta terça-feira (15).

“Tecnicamente, a retomada brusca das cargas, na manhã da terça-feira, afetou os equipamentos. Em decorrência da complexidade da ocorrência, foi necessária a mobilização de 30 profissionais e intervenções na Subestação Pina. A normalização do serviço teve início às 15h43 e foi concluída às 18h41”, confirmou em nota.

 29 MILHÕES FICARAM SEM ENERGIA

Em nota, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) informou que o fornecimento de energia foi retomado em todo o País já na tarde desta terça-feira.

“Avaliações preliminares do Ministério de Minas e Energia (MME) confirmam que o problema não envolveu o segmento de distribuição. A interrupção cortou cerca de 25% do fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional. A situação impactou todas as regiões do Brasil, atingindo entre 27 milhões e 29 milhões de unidades consumidoras. Assim que foi detectada a interrupção, as distribuidoras agiram em contingência para viabilizar o restabelecimento dos serviços”, informou.

A ABRADEE reforçou que o setor elétrico é dividido em geração, transmissão e distribuição. E neste caso não houve qualquer falha no sistema de distribuição,

“As distribuidoras levam energia de qualidade para 99,8% dos lares brasileiros e trabalham para manter o fornecimento de mais de 87 milhões de clientes”, afirmou Marcos Madureira, presidente da ABRADEE.

FALTA DE ÁGUA

Com o apagão, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que 80% das unidades operacionais da ficaram paralisadas e com abastecimento suspenso ao decorrer do dia.

A paralisação durou cerca de duas horas e vinte minutos e, apesar do retorno da energia, o tempo da parada foi suficiente para comprometer o abastecimento das cidades.

“A Companhia esclarece que a retomada do abastecimento de água não ocorre de forma imediata, pois é necessário o acionamento das estações elevatórias, a retomada gradativa do processo de tratamento e o enchimento dos reservatórios de distribuição, até que sejam alcançados níveis satisfatórios”.

Até a noite de ontem, a distribuição de água estava sendo normalizada de forma gradativa para os municípios da Região Metropolitana do Recife. No interior, o abastecimento de água foi retomado nos municípios de Passira, Gravatá, Chã Grande, Bom Jardim, João Alfredo, Orobó, Carpina, Paudalho, Chã de Alegria, Tracunhaém, Águas Belas e Custódia. O município de Lagoa do Ouro, no Agreste Meridional, está operando, mas a previsão é que o abastecimento esteja normalizado até às 8h desta quarta-feira (16).

DANOS PELA FALTA DE ENERGIA

Diante do apagão, o Procon-PE, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, orienta o consumidor em relação aos possíveis danos causados pela provocação da queima de algum eletrodomésticos.

A Indicação inicial do órgão, é que o consumidor busque a empresa fornecedora de energia pois, dessa forma, a prestadora de serviço deverá encaminhar um técnico para fazer a verificação do eletrodoméstico danificado.

No entanto, a fornecedora de energia tem prazos variados para fazer a verificação do equipamento, a depender do produto. Esse prazo pode variar entre, 1 e 10 dias, a depender, por exemplo, do tempo que a concessionária precisa para realizar a verificação do equipamento.

Caso seja constatado, que o aparelho foi danificado em decorrência da queda de energia, o consumidor é orientado a conseguir dois laudos técnicos para que a empresa faça o reparo ou a substituição do aparelho em questão.

“Procure juntar toda a documentação referente ao dano causado ao eletrodoméstico ou à rede elétrica de sua residência. Apresente essas provas à distribuidora e tente solucionar o problema. É importante, inclusive, procurar a assistência técnica para que ela, se possível, forneça um laudo falando sobre o dano causado ao eletrodoméstico. Porém, caso não consiga resolver o problema, pode procurar o Procon-PE para que a gente tente conciliar o problema de alguma forma e, assim, encontrar a melhor solução para o consumidor”, explicou o Gerente Geral do Procon-PE, Hugo Souza.

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