Condomínios recorrem a empréstimos para financiar obras emergenciais e outras melhorias

As moradias verticais funcionam como uma espécie de cidade. O síndico atua como um “prefeito”. O subsíndico é o “vice”. Há também conselho fiscal e os moradores são os habitantes, com suas diferenças. Manter o equilíbrio dessa máquina não é das tarefas mais simples. Exige organização e planejamento. Deixar as contas em dia, pagamento de funcionários sem atrasos, manutenções, reformas e benfeitorias também não podem esperar. Se não realizadas no prazo certo podem colocar a vida dos moradores e saúde do edifício em risco.

O consultor de finanças especializado em condomínios e pós-graduado em Corporate Finance pelo Stevens Institute of Technology (USA), Edoardo Costa, explica que “o serviço de financiamento não tem sazonalidade. Ele pode ser interessante em qualquer época do ano. Optar pelo empréstimo, com empresa especializada no segmento, é viabilizar financeiramente o edifício, valorizando o patrimônio. É uma forma de desburocratizar o negócio da análise de crédito e partir para a ação sem perda de tempo, num prazo imediato”.

Há pouco mais de um ano, Pernambuco conta com uma empresa líder e referência em empréstimos para moradias verticais, a Finacon. Em relação ao segundo semestre de 2022, houve um aumento na procura por esse tipo de serviço em cerca de 50% se comparado ao mesmo período de 2023.A Finacon é uma fintech (tecnologia financeira) que oferece crédito descomplicado, sem exigência de garantias e com taxas atrativas, de forma ágil e transparente.

A empresa financia o projeto em até 72 meses, com até 120 dias de carência. Na prática significa o seguinte: o condomínio recebe o dinheiro imediatamente, mas só começa a pagar as parcelas após três meses. A taxa de juros varia entre 1,5% e 3,5% ao mês, e as parcelas são fixas, sem reajuste. O valor mínimo para a solicitação do empréstimo é de R$10mil. O fornecedor recebe à vista, o condomínio paga com desconto e as benfeitorias são realizadas rapidamente.

Entre os serviços que podem ser executados estão: reformas de fachada, elétrica/hidráulica/civil; Modernização de elevadores; Implantação de energia solar e de Portaria Remota; Rescisão de funcionários; Adequações para AVCB (bombeiros); Obras emergenciais; Adequação de fluxo de caixa/inadimplência; Outros projetos, mediante consulta.

PAGAMENTO

A Finacon é responsável pelo aporte do valor diretamente na conta do condomínio. Os pagamentos são mensais, através de boletos disponibilizados pela empresa. “Muitas vezes, os projetos financiados, valorizam os imóveis e geram uma economia mensal ao condomínio, de forma que o empréstimo se paga com a economia gerada. Além da análise de crédito feita para entender sobre a saúde financeira do condomínio, é importante haver um planejamento dos gestores sobre como utilizar o dinheiro, procurando adaptar o valor das parcelas ao fluxo de caixa do condomínio!”, orienta o consultor de finanças, Edoardo Costa.

Antecipação de recebíveis - Há também o serviço de antecipação de recebíveis para empresas parceiras que prestam serviços para condomínios. Um exemplo é a construtora HF Dantas.

A empresa de manutenção predial vai fazer uma obra de 120 mil reais em um condomínio. Esse serviço vai durar seis meses para ser concluído. O condomínio só consegue pagar 10 mil reais/ mês. Então, serão 12 parcelas mensais de 10 mil reais. Quando a HF Dantas concluir o trabalho, terá recebido 60 mil reais e ainda terá outros 60 mil reais para receber nos seis meses seguintes.

Mas a construtora tem pressa em fortalecer o caixa o quanto antes, para investir em novas obras, em outros edifícios. Então, a Finacon antecipa os recebíveis cobrando uma taxa. E o condomínio passa a pagar à Finacon os 10 mil reais pelos próximos seis meses.

“A empresa de manutenção predial pode garantir a execução do serviço de forma rápida, sem necessidade de esticar o prazo de execução para atender à disponibilidade financeira do condomínio, conseguindo inclusive melhores preços para o serviço, já que o pagamento passa a ser praticamente à vista”, explica o engenheiro civil, Henrique Dantas.