COMPETITIVIDADE

Recife é o único município do Nordeste no ranking das 50 cidades mais competitivas do País, aparecendo na 37ª posição

Nesta quarta-feira (23), o Centro de Lideranças Públicas (CLP), junto com a Gove e a Seall, divulgam o resultado do Ranking de Competitividade dos Municípios de 2023, em Brasília

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Adriana Guarda

Publicado em 23/08/2023 às 6:00
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Em todo o Nordeste, o Recife é o único município a figurar no ranking das 50 cidades mais competitivas do Brasil. A capital pernambucana ocupa a 37ª colocação na lista, graças a um avanço de 45 posições em relação a 2022. Com essa arrancada, a cidade desponta, pela primeira vez, no seleto grupo das 50 mais competitivas do País, desde que o ranking foi criado, em 2020.

Já no ano passado, o Recife não tinha se posicionado bem. Perdeu 27 colocações e foi parar em 82º no ranking. Ainda assim, manteve-se na liderança no Nordeste, porque o segundo lugar é de Fortaleza, que segue a capital pernambucana à distância, na 134ª colocação e perdeu nove posições.

"O avanço do Recife no Ranking é resultado de uma série de políticas públicas que estão dando resultado. Na qualidade da saúde, por exemplo, o município subiu 112 posições. Na qualidade da saúde foram 38 colocações e no saneamento básico houve um salto de 52", detalha o gerente de Competitividade do CLP, Lucas Cepeda.

DESEMPENHO EM PERNAMBUCO

Em Pernambuco, todos os municípios analisados apresentaram melhora em relação a 2022, com exceção de Petrolina, que perdeu cinco posições e ficou em 263º lugar. Apesar do desempenho do Recife, poucos municípios fazem companhia à Capital no Ranking dos 200 mais competitivos do País. Apenas Caruaru (181º) e Garanhuns (195º) aparecem na lista.

"Garanhuns é um dos destaques. Foi o município que mais avançou no Nordeste entre os 200 mais competitivos e ganhou 59 posições de 2022 para 2023, ocupando a posição 195 no ranking deste ano. Outros municípios nordestinos também subiram no top 200 neste ano: Sobral (CE) e Caruaru (PE) que ocupam, respectivamente, as posições de numero 136 e 181", reforça Cepeda.

Várias cidades de Pernambuco avançaram no Ranking, embora não figurem sequer no TOP 200. "A retomada de uma maior atividade econômica permitiu que os municípios avançassem. O estudo olha, no detalhe, a realidade de cada um e os resultados são utilizados na construção de políticas públicas", analisa o gerente do CLP.

O QUE O RANKING AVALIA

O Ranking analisa 410 municípios com mais de 80 mil habitantes nas cinco regiões do Brasil. Todas as cidades foram avaliadas a partir de 65 indicadores, distribuídos em 13 pilares temáticos e três dimensões consideradas fundamentais para a promocão da competitividade e melhoria da gestão publica dos municipíos brasileiros.

NORDESTE PRECISA AVANÇAR

O Nordeste tem 90 cidades avaliadas no levantamento e fica atras somente do Sudeste na quantidade de municípios analisados. Embora alguns municípios tenham avançado no estudo, muitos ainda figuram nas últimas colocações. O numero de cidades entre as 200 mais competitivas do Pais aumentou para nove, mas o grupo ainda é muito pequeno.

O Nordeste tem ainda diversas cidades na lanterna do ranking, principalmente no Maranhão. São os casos de Pinheiro (MA), na 408ª colocacao, bem próxima da também maranhense Barra do Corda na 407ª. O municipio de Chapadinha (MA) ocupou a posicao de 400 no ranking deste ano.

As cidades nordestinas que mais caíram no ranking geral deste ano foram Parnamirim (RN), que perdeu 76 posições e agora ocupa a 350ª colocação, Jacobina (BA), que recuou 57 colocações e ocupa agora a 381ª colocação e Ilhéus (BA), que retrocedeu 43 posições e agora ocupa o 374º lugar.

Lucas Cepeda destaca que uma das metas do Ranking de Competitividade dos Municípios é ampliar o número de cidades avaliadas. "O desafio está na base de dados. No caso dos municípios com mais de 80 mil habitantes, os dados são mais organizados e confiáveis. Já nos menores as informações são mais dispersas", observa.

A compilação de vários dados do estudo permite às gestões municipais perceber as prioridades, acelerando o processo de tomada de decisão e adotando políticas públicas mais assertivas.

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