IPCA

Inflação sobe 0,23% em agosto, puxada pelo aumento da energia

O Grande Recife segue pelo quarto mês consecutivo apresentando variação maior do que o resultado nacional da inflação

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Lucas Moraes

Publicado em 12/09/2023 às 14:10
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A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,23% em agosto deste ano, taxa superior ao 0,12% do mês anterior. O índice também é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada uma deflação (queda de preços) de 0,36%.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 1,75% a 4,75%.

O principal impacto na inflação de agosto veio do grupo habitação, que teve alta de 1,11% no mês, puxada principalmente pelo aumento do custo da energia elétrica de 4,59%.

Segundo o pesquisador do IBGE André Almeida, o aumento da tarifa de energia elétrica foi provocado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia tido saldo positivo em 2022. “[O saldo positivo de Itaipu] foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e não está mais presente em agosto”, afirma.

Também foram aplicados reajustes nas tarifas em Vitória (3,20%, a partir de 7 de agosto), Belém (9,40% a partir de 15 de agosto) e São Luís (10,43% a partir de 28 de agosto).

Além do grupo habitação, também tiveram impactos relevantes na taxa de inflação de agosto os grupos saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%). Na saúde, as altas vieram dos produtos para pele(4,50%) e dos perfumes(1,57%).

Já nos transportes, a alta foi puxada pelos preços do automóvel novo(1,71%), da gasolina(1,24%) e do óleo diesel subiu 8,54%.

Por outro lado, os alimentos continuaram apresentando queda (-0,85%), devido ao recuo de produtos como batata-inglesa(-12,92%),feijão-carioca(-8,27%),tomate(-7,91%),leite longa vida(-3,35%),frango em pedaços(-2,57%) e carnes(-1,90%).

Os demais grupos de despesa apresentaram as seguintes taxas: educação (0,69%), vestuário (0,54%), despesas pessoais (0,38%), artigos de residência (-0,04%) e comunicação (-0,09%).

Inflação em Pernambuco

O Grande Recife segue pelo quarto mês consecutivo apresentando variação maior do que o resultado nacional da inflação.

A RMR registrou uma inflação de 0,36% em agosto, a sexta maior entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas.Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA em agosto, cinco tiveram inflação e quatro apresentaram deflação no Grande Recife.

O maior índice foi registrado na categoria Transportes (1,18%), pressionada pelo aumento do preço dos combustíveis, especialmente do óleo diesel.

Na sequência, estão Saúde e cuidados pessoais (1,15%), Despesas pessoais (0,76%), Habitação (0,72%) e Artigos de residência (0,38%). As atividades com deflação foram Comunicação (-0,01%), Educação (-0,01%), ambas próximas à estabilidade, além de Vestuário (-0,18%) e Alimentação e bebidas (-0,82%).

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