Orçamento coletivo

Pernambuco terá pelo menos R$ 4,6 bilhões do orçamento do FNE em 2024

Banco do Nordeste, Sudene e parceiros elaboram orçamento dos recursos do FNE para o próximo ano, definindo as prioridades na aplicação. Infraestrutura; pecuária; comércio e serviços; e indústria são os setores prioritários

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Adriana Guarda

Publicado em 11/10/2023 às 18:14
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Pernambuco contará com R$ 4,6 bilhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para aplicar em 2024. Valor mínimo a ser alocado pelo Banco do Nordeste (BNB) no Estado, a distribuição dos recursos por setor foi definida nesta quarta-feira (11), em evento que reuniu representações dos diversos segmentos produtivos e de instituições parceiras, na sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no Recife.

“A proposta orçamentária de aporte dos recursos do FNE para Pernambuco no próximo ano vai nortear os financiamentos do BNB por setor da economia. Estamos fazendo essa política pública cada vez mais moderna, de modo que atenda efetivamente as demandas da sociedade”, informa o superintendente estadual do Banco, Pedro Ermírio Freitas.

A construção dessa programação de maneira coletiva é parte da política do FNE de distribuir os recursos de forma consciente. A ideia é que os próprios representantes dos setores produtivos, dos projetos importantes e das principais demandas para promover o desenvolvimento do Estado identifiquem as prioridades. 

PRINCIPAIS SETORES

Pela programação orçamentária, o setor de infraestrutura deverá ficar com a maior parte da destinação dos recursos, cerca de R$ 1,1 bilhão, seguido por Pecuária (R$ 920,9 milhões), Comércio e Serviços (R$ 836,7 milhões), Agricultura (R$ 738,2 milhões), Indústria (R$ 715,6 milhões), Turismo (R$ 102,9 milhões), Agroindústria (R$ 91,9 milhões) e Pessoa Física (R$ 27,9 milhões).

Para 2023, a projeção da aplicação dos recursos apontou como prioritárias as áreas de infraestrutura, indústria, agricultura, pecuária, comércio e turismo. A previsão para o ano é de uma aplicação mínima de R$ 5,2 bilhões.

Em sua apresentação, Pedro Ermírio informou que somente no ano passado, foram aplicados pelo BNB mais de R$ 3,48 bilhões de recursos do FNE em Pernambuco.

“Já superamos este volume em 2023 e estamos trabalhando para aplicar o máximo de recursos possíveis no Estado em 2024. A gente se orgulha em ver uma obra de saneamento e ter dinheiro do FNE. A transformação da matriz energética do País passa por recursos do FNE. O apoio à agricultura familiar, da indústria, do comércio, enfim, em todos os setores. É essa construção que fazemos para que o Fundo seja um grande propulsor da dinâmica econômica da nossa região e oportunize mais qualidade de vida às pessoas”, comemora o superintendente estadual do BNB.

SUDENE

Durante o evento, o superintende da Sudene, Danilo Cabral, destacou a relevância de ouvir os parceiros. “Nós estamos falando de recursos da ordem de R$ 40 bilhões à disposição de quem quer empreender na nossa região. Esse processo de escuta é fundamental para encaixar a demanda dos setores produtivos com as ações do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). A ideia é ampliar o acesso aos recursos do FNE e, atendendo as orientações do presidente Lula e do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, chegar a quem mais precisa de uma atenção maior, como o Semiárido”, conclui.

A reunião contou com a participação de representantes do setor público, de diversas entidades de classe, bem como empresários e organizações sociais, que apresentaram suas contribuições à programação da distribuição dos recursos do Fundo Constitucional em Pernambuco.

 

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