EMPREGO FIM DE ANO: Pernambuco deve ter 6 mil vagas temporárias
Além do aumento quantitativo, a pesquisa revela uma elevação no salário médio de contratação temporária
Mesmo com a intenção de consumo dos pernambucanos se mantendo estável, as oportunidades de emprego temporário no Estado neste fim de ano seguem expectativa positiva. Ao todo, estão sendo projetadas pela Fecomércio-PE a abertura de 6.342 novas vagas. Esse número traz luz à nova dinâmica econômica regional, sustentada pelos resultados do comércio e serviços no último trimestre.
Além do aumento quantitativo, a pesquisa revela uma elevação no salário médio de contratação temporária, estimado em R$ 1.812. Esse valor representa um incremento de 6,21% em relação ao ano anterior. Esse aumento salarial, associado ao volume expressivo de oportunidades, impactará de maneira positiva a economia estadual, proporcionando perspectivas mais favoráveis no período festivo.
Para o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, "diante desse panorama, as contratações temporárias de fim de ano representam uma fonte de renda adicional para os pernambucanos e indicam um incremento na atividade econômica, sugerindo uma recuperação momentânea no mercado de trabalho”.
INTENÇÃO DE COMPRA
Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) variou 1,5% no Brasil, entre setembro e outubro. Enquanto isso, Pernambuco não apresentou variação no ICF. Mesmo assim, no Estado, há indícios de melhora associados à perspectiva profissional e renda atual.
Em relação ao emprego, 39,5% daqueles com renda superior a 10 salários-mínimos acompanham essa afirmação; e 38% dos entrevistados com até 10 salários-mínimos sentem-se nas mesmas condições. A perspectiva profissional, no mês de setembro, 55,1% avaliam a melhora profissional nos próximos seis meses. Enquanto 36,7% avaliam uma piora na perspectiva laboral. Nota-se que a população com rendimento mais elevado está mais satisfeita em relação ao emprego, haja vista 57,9% acreditarem ter boas expectativas de carreira.
Entre a população geral, houve um sentimento de avanço em relação à renda. No entanto, é importante destacar o registro dessa percepção entre a população de menor receita, estrato no qual 20,8% indicaram uma depreciação em sua situação financeira em comparação ao ano passado.
Para 48,6% da população com renda acima de 10 salários-mínimos, o acesso ao crédito ficou mais fácil quando cotejado a igual mês de 2022, enquanto para a população de renda mais baixa, 30,4% acreditam que o acesso ao crédito ficou mais difícil.
Em Pernambuco, 36,1% das famílias com receita até 10 salários-mínimos indicaram a expectativa de consumo menor que no ano passado, enquanto 45,5% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos têm a expectativa de que o consumo seja igual ao do ano passado. Essas perspectivas de consumo antecipam um cenário desafiador para as empresas do setor de comércio e serviços em Pernambuco.
Para 50,6% dos pesquisados, este é um mau momento para compra de bens duráveis (televisão, geladeira, fogão, etc.). Na faixa de renda mais baixa, é levemente maior essa insatisfação, com 52,4% corroborando a afirmação anterior. Enquanto isso, na faixa de remuneração mais elevada, 55,9% avaliam que a circunstância é favorável para a aquisição de duráveis. A melhora comparada ao mês passado se deu por causa do recuo da taxa básica de juros e políticas de renegociação de dívidas, o que trouxe novamente os consumidores para esse segmento.