Produção industrial de Pernambuco tem a maior queda de todo o País
O Brasil, por sua vez, teve resultado de 0,1%, próximo à estabilidade.
A produção industrial de Pernambuco teve queda de 12,8% em setembro, a maior entre os 18 locais pesquisados pela Produção Industrial Mensal Regional (PIM Regional) divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE. É o quarto resultado negativo seguido registrado pelo setor. O Brasil, por sua vez, teve resultado de 0,1%, próximo à estabilidade.
O ranking não considera Maranhão, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, que entraram na pesquisa recentemente e ainda não apresentam informações na comparação com o mês anterior.
INDÚSTRIA PERNAMBUCANA TEM VIVIDO DESACELERAÇÃO
Segundo a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o resultado reafirma a tendência de desaceleração da indústria pernambucana.
“A queda observada em setembro é a mais expressiva desde abril de 2020, no início da pandemia de coronavírus. Alguns fatores conjunturais podem
justificar este comportamento, como as dificuldades de crédito e as taxas de juros aos produtores, que, embora tenham começado a cair, ainda se mantém em patamares elevados”.
Entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2022, o volume de produção da indústria pernambucana também caiu 4,6%. A nível nacional, houve avanço de 0,6%.
RESULTADO DA INDÚSTRIA ESTÁVEL AO LONGO DO ANO
Na variação acumulada do ano, o resultado foi estável, frente a uma leve queda de 0,2% na média brasileira. Já no acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2022 a setembro de 2023), foi o Brasil que ficou estável, enquanto Pernambuco apresentou recuo de 5,2%.
Em setembro de 2023, seis das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em comparação ao mesmo mês de 2022. A fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores apresentou alta de 50,3%, a mais acentuada do período, junto com a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (35,8%). A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis apresentou a maior retração, de 31,3%, seguido pela metalurgia (-18,3%).