COMBUSTÍVEIS

"A gente não tem como prever hoje se haverá novo aumento de GNV em Pernambuco", diz secretário

Após reajuste de 31,87% na tarifa média do gás natural veicular (GNV) entre novembro de 2023 e 31 de janeiro de 2024, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, diz não saber se haverá novo reajuste. Reposicionamento do preço depende do dólar e de outros fatores

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Adriana Guarda

Publicado em 26/12/2023 às 17:46
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Depois de enfrentar um reajuste de 31,87% no trimestre de novembro de 2023 a janeiro de 2024, o usuário de gás natural veicular (GNV) em Pernambuco ainda não sabe como se comportará o preço em 2024. Com reajustes trimestrais, o GNV terá nova tarifa em 1º de fevereiro de 2024.

Em entrevista ao Passando a Limpo da Rádio Jornal nesta terça-feira (26), o secretário de Desenvolvimento Econônico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, explicou que a variação no preço do GNV depende do ambiente geopolítico, do preço do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. 

"A Copergás é uma repassadora de preço e tem componentes que impactam diretamente o valor do gás. O principal é o preço do produto em si, cobrado pelos fornecedores, que é regulado globalmente; além da a variação do dólar", observa Cavalcanti.  

Apesar de não arriscar percentuais, o secretário adianta que houve variações para cima e para baixo, o que pode fazer com que o preço continue no mesmo patamar. "A gente não tem como prever hoje se vai haver aumento ou não. Atualmente, na revisão tarifária dos três meses, ainda estamos com o chamado preço flat (regular) . Ou seja, ele deu uma variação para cima, mas também para baixo, fechando no mesmo patamar", observa. 

DA QUEDA À INCERTEZA

Em fevereiro deste ano, os consumidores de GNV em Pernambuco comemoravam uma redução de 14,8% no preço do gás que vingaria até maio. Na época, a Copergás justificou que a redução seria resultado do valor das tarifas e do repasse no preço do produto vendido pelas três empresas supridoras que atendem atualmente a Copergás: Petrobras, Shell e New Fortress.  

Segundo a empresa, a tentativa de diversificar a carteira de supridores para poder oferecer a possibilidade de maior competição e de redução no preço do combustível fornecido aos pernambucanos foi uma estratégia adotada pela companhia.

Para 2024, a ampliação da carteira não deverá surtir o mesmo efeito, uma vez que algumas das competidoras da Petrobras, que deveriam estar com preços mais competitivos estão fornecendo gás a valores acima da estatal. 

AUMENTO GERA PROTESTOS

Em novembro, quando começou a vigorar o reajauste que vai até 31 de janeiro de 2024, motoristas protestaram contra o aumento do GNV em Pernambuco. Neste intervalo, o preço das empresas fornecedoras para a Copergás aumentou 32,8%, o que levou o combustível a saltar cerca de R$ 0,90 por metro cúbico, batendo R$ 4,25 no preço final ao consumidor. 

Os profissionais que atuam por meio de aplicativos de transporte, se uniram a taxistas, kombeiros, condutores escolares e representantes de empresas instaladoras para o chamado “Dia D” de Protestos. De acordo com dados do Detran até outubro de 2023, Pernambuco conta com uma frota de 93.867 veículos utilizando GNV. 

 

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