Velório de Abílio Diniz é marcado por homenagens e pedido do empresário atendido
Durante a cerimônia, a família tocou a música 'O que É O que É?', eternizada na voz de Gonzaguinha
Com a presença de empresários, políticos e banqueiros, o empresário Abílio Diniz, que faleceu no último domingo (18), aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite, foi velado nesta segunda-feira (19), no salão nobre do Estádio do Morumbi, do São Paulo Futebol Clube, time pelo qual Diniz era apaixonado. Já no final da tarde, o sepultamento aconteceu de maneira reservada aos familiares e amigos mais próximos.
Em entrevista concedida em dezembro à CNN, sobre a nova temporada de seu programa Caminhos com Abilio Diniz na emissora, o empresário se referiu ao quanto tinha uma vida feliz e realizada e disse que já tinha pedido para sua esposa que, se ele viesse a morrer, não queria tristeza em seu velório, mas que tocassem a música O que É O que É?, eternizada na voz de Gonzaguinha. O pedido foi atendido e a canção foi executada no período da tarde desta segunda-feira, 19, durante o velório no Salão Nobre do Estádio do Morumbi.
A música só foi interrompida para as exéquias, realizadas por um padre amigo da família e que há 20 anos realizou a cerimônia de casamento do empresário, para ser retomada depois.
Lamentação
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou a morte do empresário Abílio Diniz. Na rede social X, Lula escreveu que “Abílio era um empresário dedicado, que participou da gestão, crescimento e criação de muitas empresas no Brasil. Sempre viveu com uma grande determinação e dedicação ao trabalho, superando dificuldades e perdas pessoais”, escreveu o presidente. "Envio meu abraço e meus sentimentos de solidariedade aos filhos, familiares, amigos e admiradores”, finalizou Lula.
Em São Paulo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que Abílio Diniz foi uma pessoa que “deixa um grande exemplo” para o país. “Um homem apaixonado pelo Brasil. Era um homem de fé, um homem que acreditava em Deus”, declarou.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse ao chegar ao velório que o fundador do Grupo Pão de Açúcar foi um grande amigo e que lhe deu muitos conselhos quando chegou ao governo. "Hoje estou aqui como amigo. O Abílio foi um grande amigo que me ajudou muito quando cheguei ao governo", disse o banqueiro central.
O ex-presidente da República, Michel Temer, disse ter pedido aplausos para o empresário. "Hoje pela manhã, presidia uma reunião na qual estava presente o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e eu pedi na verdade não um minuto de silêncio, mas aplausos, que foi muito caloroso", disse Temer. "Os aplausos revelavam a grandeza do Abílio Diniz. Senti, além da tristeza, a homenagem extraordinária que se fez a ele", complementou.
Segundo Temer, Abilio foi seu amigo "em vários instantes, na nacionalidade brasileira, na política brasileira e das disputas empresariais do Brasil. Fará uma falta extraordinária pela sensatez, pelo equilíbrio, pela ponderação e moderação", disse o ex-presidente. "É o que o Brasil precisa muito."