Polo do Confecções

Empresas do Polo de Confecções de Pernambuco vão fornecer fardas aos alunos da rede estadual de ensino

Governadora Raquel Lyra encaminhou à Assembleia Legislatva de Pernambuco (Alepe) Preojeto de Lei que cria o o PE Produz Polo de Confecções. A proposta é garantir que micro e pequenas empresas garantam parte da demanda anual de uniformes

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Adriana Guarda

Publicado em 05/03/2024 às 19:23
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Os uniformes que vestem os alunos da rede estadual de ensino vão sair das máquinas de costura do Polo de Confecções de Pernambuco. A governadora Raquel Lyra (PSDB) encaminhou na segunda-feira (4) à Assembleia Legislativa (Alepe) um Projeto de Lei (PL) que cria um programa de desenvolvimento da atividade.

Intitulado PE Produz - Polo de Confecções, a ideia é fortalecer a cadeia produtiva do setor, que já extrapolou o Agreste e se estende por 46 municípios do Interior e na Região Metropolitana do Recife (RMR). A proposta do governo do Estado é adquirir fardamentos e material escolar (da área têxtil) produzidos na região.  

Para 2024, o governo prevê um investimento de R$ 3,5 milhões em 326.206 de peças novas, que serão distribuídas prioritariamente com os alunos novatos. Os veteranos também recebem reposição. Cada estudante ganha duas fardas novas ao longo do ano letivo. 

Atualmente, antes da proposta de suprir a demanda com produção do Polo de Confecções, o governo estadual adquire as fardas por meio de um processo de licitação, com possibilidade de participação de empresas de todo o Brasil. 

O governo espera que, com a possibilidade de aquisição local, o programa possa estimular as micros e pequenas empresas a regularizar débitos tributários, em alguns casos, ou até a se formalizar. O programa vai oferecer benefícios para quitação de obrigações tributárias e trabalhistas.

REPERCUSSÃO NO SETOR 

Na avaliação do presoidente do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE), Wamberto Barbosa, a expectativa do setor é positor é positiva em relação ao programa, porque ele chega para garantir maior competitividade ao setor, junto com outras ações que já estavam em curso.

"O novo programa vai ajudar a promover a atividade, além de permitir o acesso a novas tecnologias, garantir crédito e impactar positivamente na competitividade", afirma. Além do programa, recentemente a Agência de Desenvolvimento Econômico (Adepe) lançou uma iniciativa para facilitar a inserção do setor de confecções no mercado internacional. 

"A atividade de confecções é integrada, em sa grande maioria, por micro e pequenas empresas. A exportação é um processo caro e tecnicamente difícil, por isso é importante o apoio do governo", complementa Barbosa.  

NOVAS REGIÕES 

"O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco possui mais de 2 mil empresas formais que produzem cerca de 50 milhões de peças por ano, sendo o seu o diferencial o fato de que possui um grande número de pequenos e médios produtores, permitindo, assim, melhor equilíbrio de distribuição de renda e um ambiente favorável para o empreendedorismo e para o surgimento de novos negócios", destaca a governadora Raquel Lyra, no PL.

Hoje o Polo de Confecções está espalhado por 46 cidades, mas o governo do Estado e as prefeituras municipais demonstram interesse em abrigar braços do Polo, sobretudo em locais que contam com sazonalidade econômica. Um exemplo é a Zona da Mata, com a entressafra da cana-de-açúcar. 

"Estamos trabalhando em um projeto para levar empresários para fazer negócios em novas regiões, como a Zona da Mata. Para ossp estamos reaproveitando os centros vocacionais tecnológicos dos municípios para treinar as pessoas", adianta Barbosa, lembrando que os empresários só investem se tiver qualidade. 

 

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