PESQUISA

"Os números provam que a economia não está piorando", diz economista sobre desaprovação da situação financeira do governo Lula

Segundo o economista, a queda da inflação, a alta do PIB e diminuição da taxa de desemprego, são exemplos de que o Brasil não está tendo piora na economia

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Cadastrado por

Tainá Alves

Publicado em 07/03/2024 às 15:08 | Atualizado em 07/03/2024 às 15:11
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Após a menção da pesquisa Quaest na coluna Cena Política do Jornal do Commercio, desta quinta-feira (7), que afirma que 72% dos brasileiros acreditam que a economia do país não mudou durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o economista André Moraes participou do programa Passando a Limpo, na Rádio Jornal, para explicar a situação econômica do Brasil. 

"Os números, eles provam que a economia na verdade não está piorando", destacou Moraes, referindo-se aos avanços que o país está conquistado. 

Segundo o economista, a queda da inflação, a alta do PIB e diminuição da taxa de desemprego, são exemplos de que o Brasil não está tendo piora econômica. 

"Estamos vendo uma resistência, não só no Brasil, como no mundo. Essa pressão na inflação não é só aqui. Os Estados Unidos continua segurando questão de taxa de juros lá e isso a gente sabe muito bem que afeta é toda uma cadeia do mundo inteiro", disse André Moraes. 

A PESQUISA 

A amostra apresentada pela Quaest aponta que 38% das pessoas entrevistadas acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses e 34% dizem não mudou nada. Somando as duas partes temos 72% da população brasileira afirmado que o governo Lula não está melhorando a economia do país. 

GERAÇÃO DE EMPREGO EM PERNAMBUCO 

Referindo-se ao Banco Central Americano, o economista explicou que quando ele afirma que vai segurar a redução da taxa de juros por um período existe a "fuga de capital", sendo comuns em países subdesenvolvidos. Atrelado a fuga de capital André Moraes citou as montadoras brasileiras como o polo automotivo Stellantis, em Goiana, na Região Metropolitana de Pernambuco (RMR). 

"As montadoras já anunciaram um investimento na ordem quase 100 bilhões de reais para o Brasil, a partir desse ano de 2024 até 2030. Se não me engano recentemente Stellantis aqui em Pernambuco já anunciou o investimento na casa de 30 bilhões. Isso por um lado também vai ser bom pra gente, porque por mais que a taxa de desemprego tenha caído em Pernambuco, continua sendo um destaque não tão positiva assim, na geração de emprego", apontou Moraes. 

"Mas tem um lado que digamos assim, não é tão positivo. O que ainda preocupa é a coisa do déficit, então como se fala de gasto é algo que ainda tá ligando um sinal de alerta que a gente precisa ficar bem atento", continuou. 

AUMENTO NO SALÁRIO MÍNIMO 

O economista destacou também o aumento do salário mínimo e as dificuldades de retomada devido a pandemia da Covid-19. 

"Tivemos um aumento real no salário mínimo coisa que não acontecia há muito tempo. Porém para que a população ela tenha uma percepção, a gente sabe que não é algo que vai acontecer do dia para noite.  O governo anterior, ele teve aquela montanha russa por conta da pandemia.  O governo atual ele tá pegando aí o mundo começando a retomar. Então, são coisas que a gente realmente vai precisar ter um pouquinho mais de paciência. Tirando do viés político, mas acho que independente do governo as ações já vinham sendo tomadas". destacou. 

APOIADORES DE BOLSONARO PODEM TER O MESMO PESO NA PESQUISA? 

Questionado se os apoiadores extremos do ex-presidente Bolsonaro poderiam ter o mesmo peso na amostra da Quaest o economista alertou que a entrevista ocorreu mediante a realização do ato de Jair Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo. 

"Salvo engano essa pesquisa ela foi realizada um pouco antes da manifestação e dois dias após da manifestação. Então, estávamos ainda naquele alvoroço. Dependendo do cenário do momento em que se faça a pesquisa da quantidade de perguntas da forma como se fazem as perguntas a gente pode sim ter uma uma diferença aí", explicou o economista.


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