Plano irá fomentar a economia criativa nos bairros do Recife
Parceria da Prefeitura do Recife com o Sebrae vai profissionalizar empreendedores criativos para fortalecer segmentos econômicos nas periferias
A Prefeitura do Recife e o Sebrae Pernambuco vão iniciar um plano de ação para chacoalhar a atividade econômica nas periferias da cidade. O projeto se chama Recife Criativo e a ideia é fomentar setores estratégicos nos bairros, elevando o patamar da gestão dos negócios e reforçando a presença deles na economia criativa local. A primeira etapa será voltada para a gastronomia, que reúne um conjunto de atividades ligadas à criatividade e à cultura.
A ideia parte de uma capacitação de 60 estabelecimentos distribuídos nos bairros de Brasília Teimosa, Morro da Conceição e Nova Descoberta, em processos como culinária e design de pratos, além de formas para faturar mais e agregar valor ao produto. No fim do treinamento, uma nova rota gastronômica criativa será criada para quem visita ou vive no Recife.
Donos e representantes de bares e restaurantes dessas localidades interessados em participar da trilha de capacitação podem se candidatar preenchendo o formulário no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSco6Caov54Ss8vCdgxo26B8W8ivQERAOOGy9ldmrDXDsWGkQA/viewform .
Um banner para inscrições para o Recife Criativo também estará disponível a partir desta sexta-feira (2), no site do Sebrae-PE, em www.sebrae.com.br/pernambuco.
“O Recife tem uma gastronomia forte e ela não acontece apenas nas rotas tradicionais da cidade. A gente quer que o cozido, o peixe, aquele prato famoso de um bairro também tenha protagonismo e apareça para quem vive na cidade e, também, para o turista. O caminho que buscamos foi entender que, para que exista o desenvolvimento econômico, precisa haver o fomento da economia criativa e do empreendedorismo nas comunidades locais. Então a ideia foi potencializar a gastronomia como parte integrante da economia criativa e do empreendedorismo da periferia, para que todos cresçam e possam faturar mais sem perder a essência cultural de pertencimento ao local”, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico do Recife, Joana Portela Florêncio, durante evento de lançamento do Recife Criativo, na tarde desta quinta-feira (1).
O processo prático do Recife Criativo será composto por três fases: a primeira vai realizar diagnóstico amplo com as micro e pequenas empresas a fim de traçar o perfil empreendedor e o potencial de negócios criativos na área da gastronomia de Brasília Teimosa, Morro da Conceição e Nova Descoberta. Em seguida, haverá a formação desses microempreendedores, que serão acompanhados por quatro meses, em temas como gestão, finanças e marketing, por meio do Salto Tecnológico, e no uso de estratégias criativas em negócios de alimentação e bebidas. Por fim, será criado um circuito gastronômico criativo de base comunitária, agregando valor ao cardápio e estruturas oferecidos como um todo.
Os dados para o diagnóstico serão apurados pelo Sebrae-PE e virão de entrevistas semiestruturadas e relatórios de análise com grupos focais que tenham relação com o bairro, como donos de bares, restaurantes, cafés e lanchonetes; moradores antigos na comunidade; pessoas que pretendem empreender na área gastronômica; comerciantes de outras áreas que podem ser impactados pelo ambiente de negócios de gastronomia da região, entre outros.
A ideia é que o treinamento seja uma política pública efetiva e que entenda essa relação da gastronomia com esse território, que observe se o empreendedor se reconhece como integrante da Economia Criativa, se quer atuar a partir desse novo conceito e como a comunidade enxerga o ambiente de negócios gastronômico e criativo na região.
“A gente sabe que o negócio quer faturar mais e crescer, mas muitos fatores impedem isso de acontecer. Pode ser problema de gestão, de não saber ser criativo, não entender as possibilidades de ganhar clientes, entre outras. Então a ideia é fazer esse negócio entender que não é apenas abrir e sobreviver. É se reconhecer numa comunidade, entender o que é a economia criativa e saber que pertence aquilo. Não é só fechar conta, é criar o prato, as formas, a estrutura e tudo isso inserido em um contexto cultural”, reforçou a secretária.
CAPACITAÇÕES:
- Oficina (8h): Economia Criativa;
- Oficina (4h): Manipulação de alimentos;
- Oficina (4h): Gestão de cardápios;
- Mentoria (20h): Cardápio e ficha técnica;
- Oficina (8h): Economia Criativa;
- Curso (10h): Comida regional e finalização;
- Módulo Finanças e formalização (12h) + consultoria (2h);
- Módulo Marketing e Vendas (17h) + consultoria (2h);
- Módulo Gestão (17h) + consultoria (2h)