Neoenergia entrega mais uma usina solar na Ilha de Fernando de Noronha para abastecimento dos veículos elétricos

Para permitir o uso de energia limpa mesmo nos momentos em que não houver geração solar suficiente, foi implantado um sistema de armazenamento

Publicado em 01/10/2024 às 17:12

A Ilha de Fernando de Noronha ganhou uma nova usina solar. A Neoenergia, em parceria com o Lab Noronha, concluiu a segunda usina do Projeto Trilha Verde, iniciativa que está ampliando a mobilidade elétrica no Arquipélago, com a inserção de 14 veículos elétricos no Patrimônio Natural da Humanidade, reconhecido pela Unesco. As duas usinas juntas possuem uma potência de 100kWp. Essa capacidade é aproximadamente três vezes maior do que a necessidade para carregamento dos veículos do projeto. O excedente será injetado na rede de distribuição, ampliando o uso de fontes renováveis pelos consumidores de Noronha.

Para permitir o uso de energia limpa mesmo nos momentos em que não houver geração solar suficiente, foi implantado também um sistema de armazenamento de energia com potência de 100 kW/215 kWh. As baterias serão as responsáveis pelo abastecimento dos veículos no período noturno.

Até o final de 2024, os veículos elétricos e os recursos energéticos utilizados no projeto serão analisados por especialistas da distribuidora. Para esta análise, os carros foram incorporados às principais atividades econômicas da ilha, como trade turístico, administração distrital e à própria operação da Neoenergia. As informações coletadas serão submetidas a avaliações de viabilidade dos modelos de negócios e, posteriormente, confeccionado um mapa orientativo para futuras ações relacionadas à mobilidade elétrica em Fernando de Noronha. Nesse sentido, o Trilha Verde também beneficiará empreendedores locais e o poder público. A Lei Estadual 16.810/20 proíbe, a partir de 2030, a circulação de carros movidos a gasolina, diesel e etanol.

Dez ecopostos já foram instalados e mais dois estão sendo concluídos em pontos estratégicos da ilha e disponibilizados para todos os carros elétricos do arquipélago. São oito pontos de recarga com potência de 22 kW, que possibilitam uma recarga mais rápida, e outros dois com potência de 7,4 kW. As duas últimas unidades têm suporte a V2G (vehicle-to-grid), que possui um fluxo bidirecional, ou seja, o veículo pode utilizar a estação para recarga ou para “devolver” a energia não utilizada, como em eventuais períodos de alta demanda da rede. O abastecimento desses postos será realizado totalmente com energia limpa, fornecida pela geração fotovoltaica das duas novas usinas solares.

 

As ações de sustentabilidade integram o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Neoenergia, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com a parceria do Governo de Pernambuco, da Renault, WEG, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), IATI, do CPqD, eiON e Incharge.

Programa Energia Sustentável Noronha

O projeto Trilha Verde faz parte do Programa Energia Sustentável Noronha, da Neoenergia, que prevê um conjunto de ações que reúne mobilidade sustentável, inovação tecnológica e ampliação de fontes não poluentes de energia. O planejamento, que aposta em um modelo de negócio limpo e confiável, contempla um convênio internacional com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Parte das iniciativas resultou ainda de um termo de cooperação técnica firmado entre a Neoenergia e o Governo do Estado, estabelecendo compromissos nas áreas de eficiência energética, P&D, energias renováveis e mobilidade elétrica.

A Neoenergia tem o intuito de promover um modelo de mobilidade mais sustentável entre os seus compromissos corporativos, com o objetivo de contribuir com a descarbonização. Uma das suas principais iniciativas é o Corredor Verde, maior eletrovia do Nordeste, com 1.100 quilômetros de extensão entre Salvador (Bahia) e Natal (Rio Grande do Norte).

Todas essas iniciativas também estão em concordância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 7 (energia limpa e acessível), 9 (indústria de inovação e infraestrutura), 11 (cidades e comunidades sustentáveis) e 17 (parcerias e meios de implementação).

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