Primeiro Ministro do Canadá anuncia pausa de 'pelo menos' 30 dias nas tarifas dos EUA, após ligação com Trump

Trudeau afirmou que está em negociação com Donald Trump, por isso os tributos sobre produtos canadenses devem ser pausados até que haja uma conclusão

Publicado em 03/02/2025 às 21:48
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Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, afirmou nesta segunda-feira (3) que as tarifas propostas por Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, sobre produtos de origem canadense serão pausadas por "pelo menos" 30 dias, enquanto os países buscam uma solução.

A medida foi adotada nesta tarde, durante uma ligação entre os Chefes de Estado. A decisão foi semelhante a dos EUA com o México hoje mais cedo.

Acordo EUA e Canadá

Através de uma publicação no X, antigo Twitter, Trudeau afirmou que teve uma "boa" conversa com Trump.

O político ainda falou sobre o compromisso de implementar um plano de US$ 1,3 bilhão para reforçar a fronteira do Canadá com tecnologia e equipe técnica, incluindo mais recursos para combater ao tráfico de fentanil.

"Quase 10.000 agentes da linha de frente estão e continuarão trabalhando para proteger a fronteira", ressaltou Trudeau.

O primeiro-ministro do Canadá indicará um "czar" que deve ficar responsável pela contenção do fluxo do opioide, diante da pressão de Trump por ações contra a droga. Segundo ele, os cartéis serão considerados organizações terroristas.

"Também assinei uma nova diretriz de inteligência sobre crime organizado e fentanil, e a apoiaremos com US$ 200 milhões", disse Justin Trudeau.

México 

No início da tarde desta terça-feira (3), a presidente do México Claudia Sheinbaum anunciou que selou um acordo com Trump para que sejam pausadas por um mês as tarifas anunciadas pelo presidente.

Em publicações no X, a presidente anunciou diversas medidas acordadas, dentre elas, o reforço de Guarda Nacional na fronteira para impedir o tráfico de drogas do México para os EUA, principalmente o fentanil.

Ela ainda afirmou que o grupo de trabalho do governo, voltado para imigração, segue dialogando com os EUA, "sempre em defesa dos mexicanos".

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