Está sendo programado para ocorrer no próximo dia 12 de julho uma nova paralisação dos entregadores de aplicativo. O 'Breque dos Apps', como foi denominado o primeiro ato, reuniu milhares de trabalhadores em diferentes capitais do Brasil na última quarta-feira (1º).
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A categoria reivindica uma intervenção estatal visando estabelecer uma tabela mínima de frete unificada para todos os aplicativos de entrega, auxílio constante enquanto durar a pandemia, causada pelo novo coronavírus (covid-19), reposição de máscaras e álcool em gel, maior taxa por quilômetro rodado e fim do esquema de pontuação, que diminui a nota de quem recusa entregas. Alguns trabalhadores também reivindicação por vínculo no regime CLT.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já entrou com diversas ações solicitando a declaração de vínculo de emprego em apps como iFood, Rappi, Uber, Cabify e Loggi. Está em tramitação no Congresso o PL 578, de 2019, que visa regulamentar e exige que empresas paguem 30% de adicional de periculosidade aos motoboys.
Thiago Silva, Presidente Associação de Motofretistas de Pernambuco (AMAPE) falou à reportagem do JC que está crescendo um movimento nacional para que haja uma nova paralisação no dia 12 de junho. "Existe uma possibilidade grande de existir um novo movimento no dia 12", disse.
"Se tiver, vai ser aderido aqui no Recife, mas a gente ainda não tem ideia do formato, nem do local, por enquanto. Houve uma votação na Internet e essa votação reuniu um quantitativo expressivo de assinaturas em todo o Brasil, daí, existe essa perspectiva de que a paralisação possa ser realizada no domingo (12)", informou.
No Recife
Ato convocado pela AMAPE aconteceu na última quarta-feira. Com início às 8h, a concentração ocorreu no Centro de Convenções de Pernambuco, em Salgadinho, Olinda. O movimento, que contou com cerca de 200 motoboys, seguiu até o Palácio do Campo das Princesas, sede administrativa do poder executivo do Estado, situada no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife.
Isolamento
A pandemia causada pela covid-19 aumentou o número de pedidos realizados em aplicativos de delivery. Apesar da paralisação, no dia, o iFood afirmou que as operações funcionaram normalmente.
Somente no mês de março deste ano, o iFood disse ter recebido mais de 175 mil pedidos de cadastro.Em fevereiro, antes da pandemia, o número tinha sido de 85 mil. Como nem todas as solicitações são aceitas, atualmente, 170 mil entregadores estão ativos.
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