O ministro dos Esportes da Itália, Vincenzo Spadafora, afirmou que vai propor nesta segunda-feira a ampliação da paralisação de todas as competições esportivas no país até o final de abril. O país europeu apresenta o segundo maior número de casos de Covid-19 no mundo, atrás apenas da China, berço da pandemia.
"Recomeçar partidas é irreal. Vou propor a extensão do banimento esportivo, em todos os níveis, durante todo o mês de abril", disse Spadafora em entrevista ao jornal italiano "La Reppublica". Ele afirmou que a medida também será estendida aos centros de treinamentos e locais que ainda estavam abertos para a preparação de atletas para a Olimpíada de Tóquio. Isso não faz mais sentido por que o megaevento foi adiado para 2021 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
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"Vou estender a medida aos centros de treinamentos e áreas onde nós não havíamos fechado porque ainda havia a possibilidade de a disputa da Olimpíada permanecer neste ano", acrescentou o político.
SITUAÇÃO NA ITÁLIA
Toda a Itália está em quarentena desde o dia 9 de março. O decreto do governo expira na próxima sexta-feira, 3 de abril, mas os especialistas alertam para a necessidade de ampliar o período de isolamento social para ajudar na contenção da covid-19. O país europeu é o segundo do mundo com mais casos de pessoas infectadas pela doença (mais de 92 mil) e o primeiro em número de mortes (mais de 10 mil).
Apesar da intensa disseminação do vírus no território italiano, incluindo o contágio em 15 atletas da primeira divisão do Campeonato Italiano, clubes como a Lazio e o Napoli estão insatisfeitos com as medidas restritivas e pressionam as autoridades para que os treinamentos sejam reiniciados nesta semana. O torneio nacional está paralisado desde o dia 9 de março, assim como todas as competições na Itália.
O ministro dos Esportes disse que espera que os times da primeira divisão mostrem "um sério desejo de mudança", criticando o pensamento egoísta de alguns clubes e jogadores. "Os grandes clubes vivem em uma bolha, além de suas possibilidades, começando pelo salários milionários dos jogadores. Eles precisam entender que nada será como antes depois desta crise", pontuou.
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