É preciso esperar", afirmaram nesta segunda-feira (13) 45 grupos de torcedores organizados de futebol da França em comunicado conjunto, no qual denunciam as "disputas" dos dirigentes durante a crise provocada pelo coronavírus e rejeitam o reinício das competições com portões fechados.
"Não é concebível que o futebol seja retomado de maneira prematura. Não é concebível que volte com portões fechados. Voltará no momento oportuno, quando houver as condições de saúde e sociais adequadas", declararam as associações de torcedores de futebol das três primeiras divisões da França.
Entre os assinantes estão a Ultras Paris, principal torcida organizada do Paris Saint-Germain, o Ultramarines, do Bordeaux, e a Brigade Loire, do Nantes.
Recado: "Pensem no futuro"
No comunicado, os torcedores pedem aos dirigentes do futebol francês, suspenso desde meados de março pela pandemia do novo coronavírus, que "pensem no futuro" e aproveitem "o tempo de pausa e de confinamento para replanejar" sua visão da competição.
"O futebol 'custe o que custar' é um futebol vergonhoso, que não tem futuro", criticaram os torcedores, que lamentam que o esporte tenha se tornado "um programa de televisão que acredita poder prescindir de estádios cheio, mas que não pode renunciar ao dinheiro das transmissões".
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Desde a suspensão do Campeonato Francês em 13 de março, vários dirigentes apresentaram propostas de como concluir a temporada, mas não excluem a possibilidade de se jogar com portões fechados.
As emissoras que têm os direitos de transmissão no país, Canal+ e beIN Sports, suspenderam os pagamentos de direitos de imagem à Liga francesa.
Entrentando a crise
A Federação Francesa de Futebol (FFF), a seleção nacional e a comissão técnica liderada por Didier Deschamps farão uma importante doação à Fundação AP-HP (hospitais públicos de assistência de Paris) para profissionais de saúde na linha de frente contra a pandemia de coronavírus,
Na Itália, o Brescia pretende vetar volta do time ao Campeonato Italiano em meio à pandemia. Nessas condições, "para mim, voltar a jogar seria pura loucura", disse Massimo Cellino à Gazzetta Dello Sport.
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