O esporte não será uma prioridade para o governo francês nos planos de desconfinamento, alertou nesta quarta-feira a ministra dos Esportes, Roxana Maracineanu, que destacou que várias competições podem ser realizadas "com portões fechados" ou "com restrições muito rígidas" para os espectadores.
"O certo é que o esporte não será uma prioridade em nossa sociedade. Hoje não é uma prioridade nas decisões tomadas pelo governo", explicou Maracineanu ao canal Eurosport, no momento em que o país, assim como outros na Europa afetados pela crise do novo coronavírus, se preparam para o desconfinamento da população.
Em pleno debate sobre as propostas para a retomada dos campeonatos de futebol e rugby, a ministra acrescentou que essas competições não serão realizadas novamente se "não houver máscaras suficientes ou se, como ocorre atualmente, os testes ainda estiverem reservados para pessoas com sintomas" da doença.
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O ministro também revelou que os atletas terão a última palavra no que se refere à volta às atividades e que terão o direito de renunciar se não existirem as condições necessárias.
Na terça-feira, o sindicato dos futebolistas pediu o cancelamento definitivo da temporada de futebol da Ligue 1 devido à falta de garantias de saúde para os jogadores.
Maracineanu admitiu, no entanto, que "as coisas podem mudar entre agora e 11 de maio", data anunciada pelo governo francês para começar a aplicar o desconfinamento.
A ministra declarou que estão sendo estudados vários cenários sobre uma retomada das competições, incluindo o de dar todos os campeonatos como encerrados "para começar de novo na próxima temporada" em setembro e que, em qualquer caso, os eventos serão disputados "com portões fechados ou com restrições muito estritas para o número de espectadores presentes".
Em relação a dois dos principais eventos esportivos do calendário francês, Roland Garros e o Tour de France, remarcados para o mês de setembro, Maracineanu garantiu que espera que eles possam ser realizados nessas novas datas "no cenário ideal que imaginamos", embora não tenha descartado sua anulação definitiva.
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