Pandemia nos esportes

Coronavírus: rotina é fundamental para atletas se afastarem da depressão

Psicólogo afirma que manter rotina de treinos, atividades sociais e outras tarefas é essencial para afastar os sintomas da depressão

Gabriela Máxima
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Publicado em 23/04/2020 às 9:13
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Etiene Medeiros é a melhor nadadora do País - FOTO: DIVULGAÇÃO

Além de encarar as consequências da pandemia do novo coronavírus, os atletas de alto rendimento precisam trabalhar com a frustração do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Afinal, para o esporte internacional, o ano de 2020 prometia grandes acontecimentos. De acordo com especialistas em psicologia esportiva, os competidores precisam priorizar a saúde mental para afastar qualquer sintoma de depressão nesse período.

Rotina deve ser priorizada

Especialista em Psicologia do Esporte, profissional da seleção brasileira de vôlei masculino na conquista da medalha de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, Gilberto Gaertner alerta para a necessidade de manter a rotina. "Um ponto fundamental neste momento é manter uma rotina diária de trabalho, com horários bem definidos. É preciso o tempo para treinar, o tempo para lazer, o de socialização e o de cuidar da própria saúde e de sua família", explicou o psicólogo.

Gaertner acredita que o atleta precisa manter a concentração até mesmo nos momentos em que estariam competindo caso não houvesse a quarentena. "Mas sempre com equilíbrio, para evitar um estresse acentuado, uma exaustão e isso pode fazer com que a pessoa largue as coisas e entre em uma situação de desânimo, o que pode iniciar até casos depressivos", ponderou.

A nadadora Etiene Medeiros estaria disputando o Troféu Maria Lenk esta semana, competição que serviria como seletiva para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A pernambucana cumpre a quarentena em sua residência, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e vem reforçando que o isolamento social é a melhor estratégia para reduzir o risco de contaminação da covid-19. Ela disse que o mais importante nesse momento é preservar a saúde. "É um ano que representa muito pra gente, atleta olímpico. Mas o mundo está gritando por outra situação, uma situação de saúde", disse a nadadora.

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O problema é que a maior parte dos atletas não possui uma estrutura completa para suas atividades em casa. O jeito é se adaptar e jamais diminuir o ritmo, afinal de contas, além da pressão em se manter bem fisicamente, os atletas sofrem, como o resto do mundo, pela preocupações com sua saúde e de familiares.

"Isso pode causar uma ansiedade muito grande, por não conseguir fazer o quer e do jeito que quer. O atleta pode desacelerar e mudar o ritmo, por entender que as dificuldades são muito intensas", explicou o psicólogo.

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