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Diretor da FPF explica decisão por não retomada do futebol no Estado

Murilo Falcão falou sobre a situação preocupante da pandemia do coronavírus em Pernambuco

Gabriela Máxima
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Publicado em 06/05/2020 às 12:40
Léo Lemos/Náutico
Kieza teve passagem pelo Cruzeiro em 2010, e de lá foi emprestado para o Timbu em 2011 - FOTO: Léo Lemos/Náutico

O diretor de competições da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Murilo Falcão, esclareceu os motivos que fizeram a entidade junto com os clubes locais adiarem o retorno do futebol. De acordo com o dirigente, a pandemia do coronavírus em Pernambuco preocupa a população com o crescente número de casos e mortes e, por isso, ainda não é momento para os atletas voltarem aos treinos em seus clubes. Por conta da decisão, a FPF abriu mão dos exames de covid-19 que seriam realizados por atletas locais. Parte destes testes foi utilizada nesta quarta-feira pelo elenco do Grêmio, que resolveu manter o retorno de suas atividades.

"Só o que não está certo é a questão de ter 'passado a mão'. Nós tínhamos feito o protocolo e em videocoferência com médicos dos três clubes da capital, mais um infectologistas e com os presidentes dos clubes do interior. Apresentamos o protocolo, mas esse protocolo tinha que ser validado pela Secretaria de Saúde. Tão logo depois a CBF disse que caberia a Secretarias dos os Estados validar o protocolo para a volta dos treinamentos. Pernambuco ainda está em uma situação crítica e não vamos colocar em risco a vida dos atletas e o pessoal que faz o futebol neste momento com a volta dos treinamentos", comentou Murilo, em entrevista ao programa Bate Rebate, da Rádio Jornal.

"Esperar mais um pouco"

O dirigente da FPF explicou que a entidade abriu mão dos testes de covid-19 porque não seriam utilizados neste momento. "A vida vai voltar ao normal, mas vamos esperar um pouco mais. Os testes estão sendo procurados mais que dinheiro e esses testes. Não era justo a gente manter os testes reservados sem a gente saber quando a gente poderia realizar. É um valor alto. R$ 160 reais a unidade, o que ficaria R$ 110 mil com um aporte financeiro que Federação ia fazer e não existe uma segurança do teste comprovadamente ser eficaz. Se quem pegou não vai pegar novamente, se o teste realmente acusa. Por conta disso tudo abrimos mão com o fornecedor para que ele não perdesse essa verba. Um conjunto de fatores que nos levou a abrir mão nesse momento.

Os clubes aguardam as recomendações da Secretaria de Saúde para definir o futuro do esporte local. Para se ter uma ideia. Os jogadores do Náutico iriam voltar aos treinos em pequenos grupos no dia 1º de maio, mas o retorno foi adiado para o dia 11. O técnico Gilmar Dal Pozzo já falou que é possível que o clube ainda não retome os treinos na data prevista.

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