dia das mães

Dia das Mães: mulheres que conciliam maternidade e alto rendimento esportivo

Atletas de alto rendimento são mães e voltam à rotina esportiva para marcar história em suas modalidades

Gabriela Máxima
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Publicado em 10/05/2020 às 7:01 | Atualizado em 10/05/2020 às 9:48
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Com isso, saltadora não vai disputar as Olimpíadas de 2016 e apostará na carreira como comentarista - FOTO: Reprodução

Para muitas mulheres ser mãe é o maior desafio de suas jornadas. Gerar vidas e ser responsável pelo processo de criação e formação de um indivíduo é algo único e, por vezes, inexplicável. Missão que exige ainda mais discernimento e coragem é conciliar a maternidade com a carreira profissional. Nos esportes, segmento em que mulheres lutam para conquistar espaço, a realidade pode se mostrar mais desafiadora e proporcionalmente satisfatória. Mulheres como a saltadora brasileira Maurren Maggi, a tenista norte-americana Serena Williams e a nadadora Dana Vollmer são referências em suas modalidades quando o tema recai sobre ser mãe e ser vitoriosa. Na vida e nos esportes.

Em Pernambuco, a jogadora de handebol Priscilla Annes reconhece a complexidade de reunir a missão da maternidade com o alto rendimento esportivo. "É muito difícil ser atleta e ser mãe. São muitas responsabilidades e fica difícil dar conta de tudo", confessou. Priscilla iniciou a carreira no handebol aos 14 anos, um ano depois ficou grávida e deu à luz a Gabriella, sua primeira filha. Hoje com 38 anos – e a filha de 22 anos – ela consegue olhar para trás e perceber que toda trajetória foi marcada por muitos desafios e conquistas, além de uma ajuda fundamental: a companhia da mãe Dulcineia.

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Priscilla e a filha Gabriella - DIVULGAÇÃO

Priscilla achou que não conseguiria voltar a treinar e estudar, mas retornar às atividades só foi possível porque ela contou com o apoio da mãe. “Eu tive minha filha muito nova e foi minha mãe quem me ajudou na criação e deu o suporte para eu continuar com o sonho de ser atleta”, observou. Destaque do time de handebol, a jogadora foi convocada para a seleção brasileira aos 15 anos e tem em seu currículo o decacampeonato brasileiro pelo clube Português/Aeso, o bicampeonato mundial e o título do World Game Sports pela seleção brasileira de handebol de praia. “O esporte é muito importante porque foi por meio do handebol que consegui concluir meus estudos sendo bolsista. Passei muito tempo viajando e ainda fazia faculdade e trabalhava”, revelou Priscilla, que é profissional de educação física. Para a jogadora, o momento mais marcante de sua carreira foi quando a filha e a mãe acompanharam o Mundial de handebol de praia realizado no Recife, em 2014. “Foi muito especial porque elas estavam lá para me prestigiar. A sensação de jogar e saber que a família está lá acompanhando no meio do ginásio lotado é única”, concluiu.

A mãe pernambucana faz parte do grupo de mulheres que conseguiu realizar o sonho de gerar vidas e voltar ao alto rendimento, traçando uma jornada de lutas e conquistas. Foi assim também com ex-atleta Maurren Maggi. A saltadora foi banida do atletismo por dois anos e, nesse período, teve a filha Sophia, em 2004. Uma vez liberada da punição imposta pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) por ter sido flagrada no teste anti-doping, Maurren voltou aos treinos em 2006. No ano seguinte, sagrou-se campeã dos Jogos Pan-Americanos do Rio e chegou aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 como uma das favoritas. Além de conquistar o ouro olímpico no salto em distância, ela foi primeira brasileira campeã de uma prova individual do atletismo. “A medalha foi para Sophia. Eu estava lá por ela. Foi um dos melhores momentos da minha vida”, pontou a ex-saltadora.

 

As atletas norte-americanas Senera Williams, do tênis, e Dana Vollmer, da natação, também são mãe que marcam a história do esporte internacional. Williams é dona de 23 títulos de Grand Slams e quatro ouros olímpicos. Ela deu à luz a Alexis, sua primeira filha, em 2017 e voltou ao alto rendimento do tênis. Atualmente, ela figura no Top 10 do ranking da WTA. Já Vollmer reúne sete medalhas olímpicas (cinco ouros, duas pratas e um bronze) conquistadas em três edições dos Jogos. Durante esse período ela se tornou mãe e voltou ao alto rendimento para ser fazer mais história.

 

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