Diferente do Trio de Ferro da capital pernambucana, que retornou às atividades do futebol na semana passada, os jogadores do Central ainda não estão trabalhando presencialmente. O elenco alvinegro só deve se apresentar na próxima segunda-feira (29), quando os atletas e membros da comissão técnica passarão pelos testes da covid-19 e só então serão liberados para os treinamentos. Enquanto isso, o clube caruaruense finaliza os protocolos de saúde para receber os profissionais com segurança.
"Nós não voltamos ainda, há uma probabilidade de volta imediata, nós estamos trabalhando toda essa questão de protocolo sanitário, esse é um processo difícil, porque carece a nossa operação do dia a dia. Nós estamos esperando também a sinalização da secretaria de saúde do município para que a gente possa voltar com tranquilidade, cumprindo todos os protocolos", explicou o presidente Alexandre César, em entrevista à Rádio Jornal.
Com o futebol paralisado há mais de três meses devido à pandemia do novo coronavírus, os clubes brasileiros estão sofrendo para manter as contas em dias, já que perderam muitas receitas decorrentes a falta de jogos. No caso do Central, o cenário é ainda mais grave em razão das dificuldades financeiras que já enfrentava. Apesar de todos os desafios, o presidente Alexandre César acredita que o time vai sair da situação mais fortalecido.
"No Central não é diferente. Nós estamos em um contexto que dificulta um pouco mais o nossa ação no dia a dia, além de uma questão política muito forte no clube, isso causa reflexos nos nossos parceiros e investidores, mas a tônica do nosso trabalho é apostar na profissionalização, organizar receitas. Eu acredito muito que ao final de todo esse processo vamos sair mais fortes e mais organizados administrativamente. Procuramos fortalecer o grupo, com um diálogo mais próximo", disse Alexandre.
SEDE ÚNICA
Em meio às discussões em torno da volta das competições, foi levantada a possibilidade, no início desta semana, da reta final do Campeonato Pernambucano ser disputada em sede única, assim como vai acontecer na Copa do Nordeste. Para esse primeiro momento, o presidente do Central afirmou que o clube não se opõe aos jogos serem realizados na Arena de Pernambuco, por exemplo. No entanto, caso a equipe chegue a uma possível final, a diretoria da Patativa vai lutar para que a decisão aconteça em Caruaru, ao lado dos torcedores.
"Tudo que tiver previsto no arbitral o Central tem que cumprir e qualquer outra situação que não esteja no arbitral nós vamos ter que ser consultados e a partir daí tem que ter um entendimento de um bem comum e o Central não vai se opor. Mas é importante dizer que se chegarmos a final do campeonato e houver a possibilidade de ter o nosso jogo aqui, ao lado do torcedor, nós vamos brigar por isso, afinal de contas fazemos o futebol para o nosso torcedor", ressaltou Alexandre.
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