O Bayern de Munique, líder isolado da Bundesliga com sete pontos de vantagem sobre o Borussia Dortmund, visita o Bayer Leverkusen (5º), no sábado (6), pela 30ª rodada, em um duelo que pode ser praticamente decisivo para o resultado do campeonato. Com quatro vitórias em quatro jogos disputados desde que a Bundesliga recomeçou após a paralisação provocada pelo novo coronavírus, a equipe comandada por Hansi Flick parece imparável em seu caminho rumo à conquista do oitavo título consecutivo.
Já o Bayer Leverkusen venceu três jogos e sofreu apenas uma derrota, para o Wolfsburg, após o intervalo. Na rodada seguinte, o Bayern de Munique receberá outro grande obstáculo, o Borussia Mönchengladbach, mais uma equipe que luta por uma vaga na Champions. O Borussia Dortmund, que jogará no sábado contra o Hertha Berlim (9º), deve aproveitar essas próximas duas rodadas (na 31ª jogará contra o Fortuna Düsseldorf) para tentar reduzir sua desvantagem em relação ao líder e poder colocar pressão sobre o Bayern nos últimos três jogos do campeonato.
Mas o clima em Dortmund não parece ser de muita esperança: "Está claro que o Bayern será campeão alemão no final", admitiu o diretor esportivo do clube, Michael Zorc, após a vitória no fim de semana passado contra o Paderborn.
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Quatro times para três vagas
Zorc acrescentou que o mais importante é garantir a classificação para a próxima Liga dos Campeões, disputa que será acirrada até o final: o Dortmund (com 60 pontos), Leipzig (58), 'Gladbach' e Leverkusen (56) disputarão as três vaga restantes, dando como certo que o Bayern, com 67 pontos, praticamente garantiu a sua.
Nessa luta, o Mönchengladbach abrirá a rodada na sexta-feira visitando o Freiburg, oitavo com 38 pontos e lutando para se classificar para a próxima Liga Europa. Já o Leipzig será visitado no sábado pelo Paderborn, que está quase rebaixado.
No domingo, o destaque é a partida entre Werder Bremen (17º) e Wolfsburg (6º). Os 'Lobos' querem garantir sua classificação para a Champions na próxima temporada, enquanto o time local precisa desesperadamente marcar pontos se não quiser se despedir da primeira divisão, na qual vem jogando continuamente há 39 anos.
Além das condições estritas em que os jogos são realizados (estádios sem público e com protocolo sanitário), a última rodada foi marcada pelas homenagens de diferentes jogadores (Jadon Sancho, Marcus Thuram, Achraf Hakimi e Weston McKennie) a George Floyd, o cidadão afro-americano que foi morto pela polícia de Minneapolis há 10 dias.
Tendo em vista que os protestos contra o racismo e os abusos policiais nos Estados Unidos se espalharam por todo o mundo nos últimos dias e que a Bundesliga decidiu não sancionar esse tipo de gesto "político", é provável que novas manifestações voltem a ocorrer.
Boateng pede homenagens a Floyd
O campeão mundial de 2014, Jérôme Boateng, disse acreditar que seria "desejável" que famosos atletas brancos juntassem suas vozes em homenagem a George Floyd, para enviar uma forte mensagem contra o racismo. "Nossas vozes chegam, temos uma plataforma e alcançamos muitas pessoas", disse o zagueiro do Bayern de Munique de 31 anos, cujo pai é ganês, em entrevista à rádio Deutsche Welle.
"Todos os atletas brancos que não estão falando no momento não são racistas, é claro", disse ele. "Mas é naturalmente desejável que eles usem sua notoriedade também por essa causa. Muitos o fazem, mas acho que ainda pode haver muito mais", acrescentou.
Para Boateng, é importante ir além de uma simples mensagem nas redes sociais, "seja com trabalho com crianças ou em projetos de integração".
"Depende sempre dos pais e do que eles transmitem aos filhos. Nas escolas, a questão do racismo deve ser integrada aos programas. Somente assim avançaremos", afirmou.
O ex-jogador da seleção alemã, que disse ter sofrido racismo nos campos de jogos desde a infância, foi alvo em 2016 de declarações de um líder de extrema-direita, Alexander Gauland, que disse que "as pessoas que o valorizam como jogador de futebol não gostariam de tê-lo como vizinho". A chanceler Angela Merkel manifestou então publicamente seu apoio a Boateng.
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