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Governo desiste de assinar MP que permitiria flexibilizar contratos de jogadores

A MP permitiria aos times firmar contratos com os atletas por 30 dias - pela Lei Pelé, o vínculo mínimo é de 90 dias.

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Publicado em 17/06/2020 às 17:49
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Previsão do Major Vitor Hugo é referente a um intervalo de dez anos - FOTO: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


O governo federal desistiu de editar uma medida provisória que permitiria a flexibilização dos contratos firmados pelos clubes com os jogadores de futebol. A assinatura do texto estava prevista para esta quarta-feira, na agenda do presidente Jair Bolsonaro.

O documento seria assinado durante a cerimônia de posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria. A MP permitiria aos times firmar contratos com os atletas por 30 dias - pela Lei Pelé, o vínculo mínimo é de 90 dias.

A estratégia do governo é priorizar o projeto que tramita na Câmara envolvendo Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, o ProFut. A proposta suspende o pagamento de dívidas dos clubes durante o período de calamidade pública relacionada ao novo coronavírus. A matéria está na pauta de votação da Casa desta quarta-feira.

Aguardando A MP do Profut

"Estava na agenda (a assinatura da MP), mas só que como a gente vai votar o (projeto do) Profut agora lá na Câmara, ia parecer uma competição de pautas", explicou o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO). "Se algo essencial não conseguir ser tratado no Profut, aí a gente volta atrás com a medida provisória", acrescentou.

Segundo o deputado, o projeto já foi amplamente debatido e assinar a medida agora traria a impressão de que o governo estava "cozinhando a Câmara". "A gente ficou tentando votar o Profut por três semanas e, na verdade, já estava discutido há quase dois meses", disse.

A cerimônia de posse de Faria foi prestigiada pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e pelos jogadores Felipe Melo, do Palmeiras, e Alexandre Pato, do São Paulo. Eles foram cumprimentados nominalmente por Bolsonaro em sua fala. O chefe do Executivo defendeu que as torcidas se unam pela "democracia e liberdade do País". Desde o início de junho, integrantes de torcidas organizadas têm feito atos contra o governo.

 

 

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