A bronca no Náutico para rescindir o contrato com o técnico Gilmar Dal Pozzo é maior do que se esperava. O treinador já vinha balançando no comando do Alvirrubro e após o empate em casa, diante do Operário-PR, a direção alvirrubra optou por não contar mais com os trabalhos do catarinense. Porém, o clube não conseguiu ainda demiti-lo de vez por conta da multa rescisória, que gira em torno de R$ 500 mil, de acordo com apuração do repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal. Valor que o Timbu não tem condições de arcar, no momento.
Enquanto isso, a diretoria também se movimenta para acertar com um novo treinador. O favorito é Gilson Kleina. O paranaense de 52 anos está sem clube desde que foi demitido da Ponte Preta, em fevereiro. Ele preenche o requisito buscado pela direção alvirrubra, de ser um treinador experiente na Série B, com passagem em clubes tradicionais, como Palmeiras, Coritiba, Chapecoense, Goiás, Avaí e a Ponte Preta. A informação foi divulgada pelo site do GloboEsporte e confirmada pela reportagem da Rádio Jornal. Em contato com o repórter Antônio Gabriel, o empresário de Gilson Kleina, Hugo Magalhães, limitou-se a dizer que "Há muito interesse das duas partes" na negociação. No currículo, o técnico acumula acessos da Série B para Série A. Como em 2011, com a Ponte Preta, em 2013 com o Palmeiras, inclusive levantando a taça da Segundona.
IMPASSE
O Náutico tenta solucionar o problema existente. Dal Pozzo, mesmo não tendo o contrato rescindido, não comanda mais a equipe e fica afastado dos trabalhos. Desde a tarde da última quarta-feira, a direção tenta chegar a um acordo no pagamento da multa rescisória e do restante dos salários que ele e sua comissão técnica, pois o contrato se encerra no fim de novembro. Outra possibilidade trabalhada é a de Gilmar seguir no alvirrubro assumindo outra função. Enquanto não chega ao nome de um novo comandante e a situação de Dal Pozzo não tem um desfecho, o auxiliar técnico fixo do Náutico, Dudu Capixaba, assume a equipe.
As críticas da torcida se davam, principalmente, pela falta de evolução tática e técnica da equipe. O Náutico segue sofrendo pelas diversas lesões de jogadores importantes para a equipe. Contudo, diante das peças que tinha em mãos, Dal Pozzo não conseguiu fazer o time render. A oscilação desde a eliminação para o Botafogo, na Copa do Brasil, foi o pior momento do Timbu.
Mesmo havendo a paralisação do futebol por quatro meses, o time seguiu sem render o esperado. Foram dez jogos desde a queda para o Botafogo, em que o Timbu venceu três vezes, empatou quatro e perdeu outras três, teve um aproveitamento de 43,3% e acumulou eliminações na Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano.
Gilmar Dal Pozzo assumiu o Alvirrubro em maio de 2019. O catarinense comandou a equipe em 42 jogos, obtendo 21 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Como principal feito nessa sua segunda passagem pelo Náutico, sem dúvida, está a conquista do acesso à Série B no ano passado, junto ao título da Terceira Divisão. No total em duas passagens, Dal Pozzo acumulou 70 jogos, 36 vitórias, 20 empates e 14 derrotas, gerando um aproveitamento de 60,9%.
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